Condições e falta de lugares levam passageiros a apresentar queixas da transportadora no Vale do Sorraia

30 Novembro 2022, 11:59 Não Por João Dinis

A falta de condições e sobretudo a lotação dos autocarros, que deixam muitos passageiros nas paragens por já se encontrarem lotados, têm levado muitos passageiros a apresentar queixas, sobretudo junto da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), que gere a rede pública de transportes nos concelhos de Coruche, Salvaterra de Magos e Benavente.

O carreira que maior número de queixas acumula é a que liga Coruche a Lisboa, onde à passagem por Benavente fica lotada, o que impede muitos trabalhadores de chegar a Lisboa no horário mais conveniente.

Ao NS um passageiro relata que “o autocarro que sai de Salvaterra de Magos pelas 06.15 horas, com destino a Lisboa, e  é o primeiro autocarro do dia, tem vindo muito cheio chegando ao ponto de deixar os passageiros que têm o seu passe pago nas paragens”, situação que se repete várias vezes por semana, sendo por isso frequentes os trabalhadores que não conseguem chegar a horas aos seus trabalhos.

A situação agravasse sobretudo às segundas-feiras, mas segundo os relatos a situação piorou sobretudo depois da pandemia, quando a empresa transportadora retirou autocarros, não repondo agora o número de viaturas.

António Torres, Primeiro-secretário da CIMLT, confirma ao NS a chegada de algumas reclamações “relativamente à lotação e a passageiros deixados nas paragens”, sobretudo no “início do período escolar”, o que leva a que exista uma adaptação do serviço, salientando este que “o operador tem reforçado a sua oferta, nomeadamente para Lisboa.”

O responsável esclarece ainda que a CIMLT realiza acções de fiscalização ao serviço de transporte de passageiros “duas vezes por ano”, “procedendo ao levantamento do número de passageiros embarcados e desembarcados aferindo assim, não só a lotação, mas também a procura dos serviços realizados pelos operadores”, de modo a aferir a qualidade do serviço prestado.

António Torres lamenta ainda que o concurso público para a exploração do  Serviço Público de Transporte Rodoviário de Passageiros tenha ficado deserto, pois acredita este que “ao abrigo das disposições exigidas pelo concurso”, estas “levariam à melhoria do serviço”, salientando ainda que a CIMLT se encontra “a avaliar os cenários possíveis de forma a assegurar a continuidade e a melhoria dos serviços prestados, em cumprimento das normas nacionais e europeias nesta matéria”, que passará pela criação de uma transportadora intermunicipal, estando os municípios já a efectuar as diligências necessárias para a criação da empresa.

Até à criação da empresa intermunicipal, a CIMLT irá envidar esforços junto do operador com o objectivo de melhorar o serviço.
Iremos agilizar da melhor forma junto do operador quaisquer alterações do serviço pois,  faz parte das preocupações quer da CIMLT, quer das autarquias, a melhoria dos serviços e a satisfação dos seus utilizadores”, conclui o responsável.

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