Concelhos de Benavente e Santarém disputam novo aeroporto

29 Setembro 2022, 18:53 Não Por Redacção

Os concelhos de Benavente (Campo de Tiro) e Santarém, curiosamente dois integrantes da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) são duas das soluções que vão disputar a construção do novo aeroporto.

As localizações serão agora analisadas pela Comissão de Análise Estratégica e Multidisciplinar que irá estudar a futura localização do novo aeroporto, sendo que esta quinta-feira o Ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, confirmou que além destas duas localizações serão também estudadas outras, como o Montijo, bem como a manutenção do aeroporto Humberto Delgado.

Entre as soluções possíveis estão: Aeroporto Humberto Delgado fica como aeroporto principal e Montijo como complementar; Montijo adquire progressivamente o estatuto de principal e Humberto Delgado de complementar; Campo de Tiro (concelho de Benavente) substitui integralmente o aeroporto Humberto Delgado; Aeroporto Humberto Delgado fica como principal e Santarém como complementar ou Santarém substitui integralmente Humberto Delgado.

Neste âmbito será também criada uma comissão técnica independente para avaliar as opções estratégicas e coordenar e realizar a avaliação ambiental estratégica.

Na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou que esta comissão técnica independente “terá um coordenador geral que será designado pelo Primeiro-Ministro sobre proposta do presidente do Conselho Superior de Obras Públicas, do presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável e do presidente dos Conselho dos Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP)”.

Este coordenador geral por sua vez, e sobre proposta do CRUP, vai indicar seis coordenadores de equipas de projectos que vão trabalhar ou estudar seis áreas temáticas diferentes, a saber: estudos de procura aeroportuários e de acessibilidades de infraestruturas e transportes; planificação aeroportuária, incluindo análise de capacidade e planos de desenvolvimento aeroportuário; acessibilidades rodoviárias e ferroviárias; ambiente e avaliação ambiental estratégica; análise e modelagem económica e financeira; e, finalmente, área jurídica.

O Ministro disse também que esta comissão independente deverá, até ao final de 2023, apresentar a sua avaliação ambiental estratégica e “os seus trabalhos serão acompanhados por uma comissão de acompanhamento que será presidida pelo Conselho Superior de Obras Públicas”, integrando ainda os presidentes das câmaras municipais “de Alcochete, Benavente, Lisboa, Loures, Montijo e Santarém e outras que entender acrescentar”.

Ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) caberá, conforme referiu Pedro Nuno Santos, “assegurar todos os encargos orçamentais decorrentes da criação desta comissão técnica independente», prestar «todo o apoio logístico e administrativo” e contratar “eventuais aquisições de serviços que se revelem necessárias para o funcionamento da comissão técnica independente e da comissão de acompanhamento”.

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