Concelhos da Área Metropolitana de Lisboa querem tornar cultura mais acessível à população
19 Abril 2023, 20:37A Área Metropolitana de Lisboa (AML) assumiu hoje o objetivo de tornar a cultura e as artes mais acessíveis à população, compromisso firmado na Carta de Intenções para a Cultura da AML, assinada pelos seus 18 municípios.
No final da conferência “Cultura em Rede”, que decorreu em Oeiras, no distrito de Lisboa, autarcas dos 18 concelhos da AML assinaram o documento que orienta a ação cultural para os próximos anos, com princípios e compromissos.
A carta “é o início da construção de um plano estratégico que queremos para a cultura na AML”, explicou o secretário metropolitano Emanuel Costa à agência Lusa, antevendo que o plano esteja preparado em 2024, ao envolver os municípios, os vários níveis de administração e o setor cultural.
Durante a apresentação do documento, o dirigente frisou que a AML e os municípios querem contribuir para uma cidadania cultural, baseada no pluralismo, na liberdade de expressão e de pensamento, na tolerância e no respeito pela diferença.
“Assumimos o compromisso de tornar acessível a um maior número de pessoas a cultura e as artes”, assinalou.
Ambicionando elevar o setor em cada concelho, a Carta de Intenções para a Cultura prevê vários compromissos em torno do património, da educação, do turismo e das artes, que seriam concretizados depois em ações concretas.
Sempre com uma visão metropolitana e em rede, a carta contempla metas como a realização de uma agenda cultural, fóruns de discussão, formações para estruturas culturais, roteiros de património e um observatório que estude o setor na AML.
Sobre os últimos dois pontos, Emanuel Costa anteviu que estes possam avançar já em 2024.
O secretário metropolitano disse ainda olhar para o observatório como uma futura “ajuda ao processo de decisão [no setor] dos 18 municípios e à comunidade artística no geral”.
Presente no encerramento da conferência, o ministro Pedro Adão e Silva disse encarar a cultura como o “elevador social do século XXI”, acrescentando ser relevante na construção de identidades e na transformação do território.
Com diferentes “opções políticas” no investimento feito pelos municípios, Pedro Adão e Silva defendeu uma resposta integrada, com mais entidades privadas na cultura, assim como “maior presença do Ministério da Cultura e do poder local”.
O governante alegou que a diversificação do financiamento do setor torna-o mais robusto e criativo e que o último propósito da política cultural é a democratização do acesso à cultura.
A Área Metropolitana de Lisboa é composta pelos 18 municípios da Grande Lisboa e da Península de Setúbal: Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.
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