Comissão Técnica Independente alerta que a decisão final sobre novo aeroporto é do próximo Governo

Maria do Rosário Partidário, coordenadora geral da Comissão Técnica Independente (CTI), que estudou as opções estratégicas para a localização do novo aeroporto, alertou que a decisão final é tomada pelo próximo Governo, que será eleito a 10 de Março. A especialista em avaliação ambiental estratégica deixa ainda críticas a quem levantou dúvidas à idoneidade da CTI durante a conferência de apresentação do relatório preliminar do novo aeroporto de Lisboa, na manhã desta quinta-feira, 18 de Janeiro, que de correu na Casa do Campino, em Santarém.

“Fizemos uma avaliação estratégica de todas as opções para aumentar a capacidade aeroportuária”, esclarece a coordenadora da CTI. O relatório apresenta as vantagens e desvantagens de cada opção. Relativamente à opção Santarém, segundo o relatório da CTI o cruzamento de tráfego com o espaço aéreo da Base da Força Aérea localizada em Monte Real, inviabiliza a proposta.

Segundo a Navegação Aérea de Portugal (NAV), entidade responsável pela gestão do espaço aéreo português, só é possível a opção Santarém receber 24 voos por dia, o que condicionaria bastante a evolução de um futuro aeroporto em Santarém para o hub intercontinental, que deverá suportar na ordem dos 80 voos diários.

Ainda assim Rosário Partidário garante que a proposta não está excluída, precisa apenas de apresentar soluções para resolver as desvantagens apresentadas no relatório preliminar, até 26 de Janeiro, data em que termina a consulta pública do documento. A coordenadora da CTI voltou ainda a reforçar a ideia que a escolha é política, deixando rasgadas críticas a quem duvidou da idoneidade e independência da CTI.

Carlos Brazão, promotor do projecto Magellan 500, garante que as soluções são fáceis de encontrar e que os trabalhos para as apresentar em tempo útil já está “até bastante avançado”.3