Com barragens do Montargil e do Maranhão a 100% cheia no Sorraia vai manter-se por alguns dias

9 Fevereiro 2021, 17:01 Não Por Redacção

Com as Barragens de Montargil e do Maranhão na sua capacidade máxima, a situação de cheia no rio Sorraia deverá manter-se durante mais alguns dias, tendo mesmo a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) considerado a situação crítica, referindo em comunicado que a “margem esquerda (do Tejo) sem capacidade de encaixe em Montargil (99,8%) e Maranhão (100%), mantendo-se crítica a situação no rio Sorraia (ponte de Coruche com 5,73 metros), com previsão de se manter problemática nas próximas 48 horas.”

A situação foi também confirmada ao Notícias do Sorraia por fonte da Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Sorraia, entidade que gere as albufeiras, referindo que ambas as barragens estão a colocar no caudal das ribeiras de Sor e Raia toda a água que lhes vai chegando, proveniente sobretudo das chuvas dos últimos dias.

Refira-se que a Barragem do Maranhão tem uma capacidade de 205400 dam3, e a de Montargil de 164300 dam3, estando assim garantida água para as culturas agrícolas dos próximos anos.

Para já, e enquanto se mantiver a situação, vão estar encerradas ao trânsito as estradas, Ponte da Escusa, Estrada de Meias, CM-H entre Fajarda e Biscainho (Estrada do Rebolo), CM-1427 entre Fajarda e Raposeira (Estrada da Amieira) e a margem esquerda do Rio Sorraia, no concelho de Coruche e a Estrada Municipal 1456 (vulgo Estrada do Campo) em Benavente.

A ANEPC recomenda que se tomem medidas de precaução perante a situação, evitando-se colocar em risco a sua vida ou  a dos que lhe são próximos, observando as seguintes regras:

 · Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;

 · Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de gelo nas vias rodoviárias;

· Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;

· Evitar a circulação em vias afetadas pela acumulação de neve e quando isso não for possível, adotar as seguintes medidas:
– Verificação do estado dos pneus e respetivas pressões;
– Transporte e colocação das correntes de neve nos veículos;
– Assegurar o abastecimento de combustível em níveis que permitam percorrer trajetos alternativos ou a permanência do veículo em funcionamento por longos períodos de tempo, em caso de retenção nas vias afetadas;
  – Garantir que os sistemas de aquecimento dos veículos se encontram em bom estado de funcionamento;
– Providenciar alimentos adequados em quantidade e características, assim como medicamentos, de acordo com o número e tipologia de ocupantes dos veículos.

· Nas vias afetadas pela acumulação de água, são desaconselhadas viagens com crianças, idosos ou pessoas com necessidades especiais;

· Evitar circular naquelas vias com veículos pesados, em particular articulados, veículos com reboque e veículos de tração traseira;

· Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos ou árvores, em locais de vento mais forte;

· Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a estes fenómenos;

· Proceder à remoção de máquinas e alfaias agrícolas, bem como de animais das zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a fenómenos de alagamentos e inundações

· Prestar atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas sem abrigo);

 · Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.

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