CIM Médio Tejo aprova orçamento de 21 ME para 2025, o “mais alto de sempre”
21 Novembro 2024, 10:10A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo aprovou as linhas estratégicas e o orçamento para 2025, no valor de 21 milhões de euros (ME), mais 7,2 ME que este ano, sendo “o mais alto de sempre”, foi hoje anunciado.
“De facto, o orçamento da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo para 2025 é o mais alto de sempre, de 21 milhões de euros”, disse hoje à Lusa o secretário executivo da CIM Médio Tejo, Miguel Pombeiro.
Segundo o autarca, “praticamente três quartos” desses 21 ME estão centrados em duas prioridades, a Mobilidade e a Proteção Civil.
A CIM do Médio Tejo, com sede em Tomar, e que é presidida pelo presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, agrega 11 municípios do distrito de Santarém: Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha.
Segundo precisou Miguel Pombeiro, “a Mobilidade mobiliza neste orçamento um pouco mais de 10 ME e a Proteção Civil praticamente 5 ME”, valores que representam “74% do montante global dos 21 ME aprovados para o ano 2025.
Relativamente à Mobilidade, Pombeiro lembrou que a CIM Médio Tejo, enquanto “autoridade de transportes, faz a gestão de quatro milhões de quilómetros de toda a rede pública rodoviária” e promove “passes a preços acessíveis e/ou gratuitos”, estando a “perspetivar, no próximo ano, novas medidas de promoção do transporte público e de otimização da própria rede” de funcionamento.
“Tivemos como ponto de partida uma rede de transportes essencialmente de transportes escolares e o nosso desafio é transformá-la também numa rede de transportes para as pessoas que fazem os movimentos pendulares casa – trabalho”, destacou.
Nessa área, o secretário executivo lembrou ainda a implementação de uma rede de ciclovias, com partilha de bicicletas elétricas e o transporte a pedido em cerca de 70 circuitos municipais”.
Além da Mobilidade, Miguel Pombeiro destacou “um grande projeto para a gestão integrada dos meios de Proteção Civil” do Médio Tejo.
“Nós temos neste momento o concurso público para a aquisição de 11 veículos operacionais e os respetivos módulos, que serão depois cedidos aos corpos de bombeiros da nossa sub-região, cujo valor anda, no total, perto de 5 ME, sendo certo que haverá também aquisições de equipamentos de proteção individual estruturais para as 14 corporações dos bombeiros e apoiaremos também equipamentos de proteção individual florestal”, declarou.
Em comunicado, a CIM Médio Tejo destaca ainda investimentos na área da Educação, através do PEDIME – Plano Estratégico de Desenvolvimento Intermunicipal, e no âmbito do Turismo e Cultura, com uma “estratégia centrada nos Produtos Turísticos Integrados sub-regionais e locais, focada nos produtos estrela”, como a Rota dos Templários (Cultura) e Santuário de Fátima (religioso).
No âmbito do turismo náutico, a CIM Médio Tejo disse ter “aprovada a candidatura” ao projeto “Castelo do Bode 360º”, e renovado a certificação da Estação Náutica do Castelo do Bode, “avanços que”, sublinhou, “irão significar novos investimentos e mais promoção ao lago de Castelo do Bode” em 2025.
Por outro lado, “atenta aos mecanismos que preveem a evolução digital e inteligente dos territórios”, os municípios da CIM Médio Tejo integram a ‘Smart Region’ e, no âmbito da Estratégia Nacional de Territórios Inteligentes, pretende-se promover em 2025 a implementação de Plataformas de Gestão Urbana (PGU), peças essenciais para que a administração pública local tenha, cada vez mais, os seus processos de decisão suportados em dados”, estando alocado um investimento nesta área de perto de 700 mil euros.
Na nota informativa, a CIM Médio Tejo sublinha que “o trabalho não se esgota nestas áreas, ações e projetos”, tendo afirmado que “o crescimento económico, educacional, turístico, cultural e a atratividade regional, no seu todo”, são entendidos como “premissas determinantes para 2025”.
Para o presidente da CIM do Médio Tejo, Manuel Jorge Valamatos, citado na mesma nota, “este é um orçamento realista com uma noção clara das necessidades das populações, mas também inovador, pois tem os olhos postos nos desafios da governança inteligente e sustentável”.