Chamusca perdeu nos últimos quatro anos 100 Milhões de investimento pela falta de acessibilidades

14 Abril 2023, 11:34 Não Por João Dinis

Nos últimos quatro anos o concelho da Chamusca perdeu mais de 100 Milhões de euros de investimento privado, pela deficiente rede viária da Chamusca, sobretudo os acessos das Estradas Nacionais 118 e 243 e a Ponte da Chamusca, revelou ao NS Paulo Queimado, Presidente da Câmara Municipal da Chamusca.

Nos últimos quatro anos, perdemos praticamente 100 Milhões de euros de investimento, porque as empresas que tínhamos tinham e têm terrenos comprados para se instalarem no nosso território, estão a abandonar os projetos porque a autoestrada não é construída”, lamentou o autarca, que considera que isso é uma situação “completamente inadmissível.”

O autarca falava depois da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, ter reconhecido que as estradas de acesso à Chamusca, onde assistiu à criação da Rede de Incubadoras de Inovação Social  (RIIS), necessitam de uma intervenção urgente, reconhecendo que a criação de melhores acessos, que lhe voltaram a ser pedidos pelos autarcas da Chamusca e Golegã, que estiveram no evento, “é também sinónimo de qualidade de vida e de competitividade”.

Por um lado, estamos a investir nas pessoas, a capacitar as pessoas em desenvolvimento e em coesão social, mas se não tivermos as infraestruturas para que os empresários criem a outra parte da coesão territorial, o desenvolvimento económico, ficamos logicamente numa situação em que a balança não vai contrabalançar”, salientou o autarca, que reiterou que “é preciso um grande investimento”, na criação das vias necessárias para melhorar os acessos ao concelho.

Para o autarca as questões da A13 e do IC3, conhecidas de todos, inclusive do Primeiro-ministro e do Ministro das Infraestruturas, são fundamentais, e ainda que acompanhadas pelos governantes “nós temos vindo a reforçar aquilo que é a necessidade para o território.”

Segundo Paulo Queimado, a última informação que conseguiram obter das Infraestruturas de Portugal sobre o tema é que estes “estão a fazer um estudo para minimizar os custos da “mini ponte Vasco da Gama””, na nova travessia do Tejo entre a Chamusca e a Golegã, que “estava a ser projetada entre a travessia do Tejo e o viaduto sobre os campos da Golegã para outra localização onde o Tejo seja mais estreito para também diminuir os custos da ponte” pois, “parece que a obra de arte é o custo mais pesado desta grande obra”.

Sobre a ponte, e a nova localização o autarca espera que a nova localização não seja mais norte do que o inicialmente previsto pois, “se vamos deslocar isto muito mais para norte, ainda ficamos mais isolados do que aquilo que estamos hoje”.

O Presidente do Município da Chamusca tem expectativas que o Aeroporto de Santarém, que tem “grande convicção que vai ser construído aqui no nosso território”, possa ser também fator de desbloqueio de algumas acessibilidades, nomeadamente “a questão da ponte e da A13”, que fica na área de circunvalação do aeroporto.

Sobre o atual sistema semafórico que está a ser utilizado na travessia da Ponte da Chamusca, o autarca salienta que “não é a solução para substituir uma nova travessia”, mas que de momento tem resolvido algumas questões.

O que precisamos para ter esta coesão territorial é ter essa ligação entre Almeirim e Vila Nova da Barquinha e fazer a ligação da A13 para sairmos deste enclave territorial, aqui entalados entre o Tejo e a Charneca”, concluiu o autarca.

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