Chamusca apadrinha Rede de Incubadoras de Inovação Social (com Fotos)

13 Abril 2023, 1:17 Não Por João Dinis

O Cine Teatro da Chamusca recebeu esta quarta-feira, 12 de abril, a apresentação pública da Rede de Incubadoras de Inovação Social (RIIS), bem como a assinatura do Protocolo de Fundação da RIIS e da assinatura da Carta de Reconhecimento na Criação da Rede de Incubadoras de Inovação Social pela Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que presidiu à cerimónia, acompanhada da Secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes.

O evento contou ainda com as presenças de Paulo Queimado e Cláudia Moreira, Presidente e Vice-presidente do Município da Chamusca, Filipe Almeida, presidente da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social, Henrique Sim-Sim, coordenador do Centro de Inovação Social da Fundação Eugénio de Almeida, Elizabete Eufémia, presidente da Associação Tempos Brilhantes e de Frederico Cruzeiro Costa da Social Entrepreneurs Agency (SEA), bem como de várias Incubadoras Sociais vindas de norte a sul do país.

A Rede de Incubadoras de Inovação Social será constituída por 23 estruturas nacionais, que vão agora trabalhar em rede, podendo partilhar projetos e experiências de todo o país.

Apesar de ser “um trabalho difícil de explicar”, a área social é cada vez mais importante e nos últimos anos foram 694 os projetos apoiados pelos fundos europeus do Portugal 2020, havendo ainda a destacar 166 municípios que co-financiaram grande parte desses projetos sociais.

Para a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa a Rede de Incubadoras de Inovação Social “é uma rede que faz coesão porque a inovação social, qualquer projecto de inovação social, exige parceiros, e é por si uma rede.”
“Isto é coesão, faz coesão territorial através da coesão social”, salientou a governante, que destaca “o facto de estarmos aqui hoje a celebrar a constituição desta rede é um ato de inovação, porque é ligar o território na partilha de boas práticas em projetos que podem até ser conjuntos, respeitando a especificidade dos territórios e dos problemas de cada território.”

Ana Abrunhosa disse ainda esperar que a rede se possa estender para lá dos 166 municípios, e chegar mesmo à totalidade dos 278 continentais.
“Quero saudar os nossos autarcas, as nossas comunidades intermunicipais e todos os investidores sociais, também privados e fundações, mas sobretudo os autarcas, porque muitas das vezes estas iniciativas não têm a compreensão devida”, referiu a Ministra da Coesão, demonstrando consciência com o facto de muitos destes projetos “demorarem a produzir resultados”, o que nem sempre é bem entendido, “é mais fácil construir uma estrada porque se vê, do que fazer rede social e mudar a vida das pessoas nas diferentes dimensões, quer seja na dimensão social, na dimensão laboral e escolar”.

O Governo está disponível para “continuar a financiar esta rede, o alargamento desta rede e todos os municípios serão bem-vindos e darão por bem investidos os seus recursos, sejam financeiros ou humanos”.

Segundo a Ministra Ana Abrunhosa, o Governo prepara uma majoração dos apoios sociais, que forem incluídos no Portugal 2030, em valor ainda a definir, sobretudo para as entidades que possuam selo de Investidor Social.

Para o Presidente da Câmara Municipal da Chamusca, cuja rede apoia mais 1.500 pessoas, salienta que a presença da Ministra da Coesão Territorial na apresentação desta Rede Social, “foi o reconhecimento, exatamente do trabalho que nós temos tido na Chamusca.”

Para o autarca, que há quatro anos apostou nesta “loucura” de investir na área social, um “investimento que não se vê”, os oito projetos de inovação social desenvolvidos no concelho, num investimento partilhado entre o município e os fundos europeus de cerca de 1 Milhão de euros, “têm criado um grande impacto na nossa comunidade, seja a nível da criação do próprio posto de trabalho, na procura ativa de emprego, quer na nas escolas e na educação, quer a nível da saúde”.

“Depois da pandemia, vimos realmente que houve um grande impacto na nossa comunidade”, sobretudo “a nível da saúde mental”, pelo que existem no concelho uma série de projetos a trabalhar essa área.

Neste momento os projetos na Chamusca, têm um levantamento feito, existe planeamento das intervenções a realizar, e grande parte do trabalho passa por “realmente ir a casa das pessoas perceber o que é que elas necessitam e intervencionamos muito diretamente.”

Paulo Queimado refere que “temos tido muita sorte nos parceiros que nos têm aparecido à frente, por um lado, a partir do primeiro momento não tivemos o medo de arriscar naquilo que politicamente parecia ser uma coisa completamente descabida, que era gastar dinheiro sem ser para uma obra, mas estes parceiros têm tem sido uma grande mais-valia para nós”, pois “são pessoas muito dedicadas aos seus projetos”.

“Se tiverem projetos que sejam para o nosso território, ou que sejam aplicáveis, porque todos são viáveis, logicamente que sejam aplicáveis, que nos desafiem, nós estamos prontos para os receber”, conclui o autarca, acrescentando ainda que a RIIS apoiará certamente os novos projetos que aparecerem.

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