Carta Gastronómica reúne sabores e saberes de Santarém (com Fotos)

 O Festival Nacional de Gastronomia de Santarém recebeu na tarde deste domingo a apresentação da Carta Gastronómica do Concelho de Santarém, que editado por Armando Fernandes e Helena Salvador reúne os sabores e saberes do concelho, agregando numa edição exemplar as receitas todo o território de Santarém, que se afirma desde 1981 como a Capital Nacional da Gastronomia.

Armando Fernandes, a quem a Câmara de Santarém homenageou a título póstumo, deixou nesta obra todo o seu amor por Santarém, ele que durante muitos anos foi um acérrimo defensor da capital do Ribatejo e das suas tradições.

Em tom embargado Helena Salvador evocou o seu parceiro de escrita, recordando todo o trabalho que iniciaram em 2019, altura em que foi lançado o desafio à autarquia de Santarém de reunir numa obra literária toda a tradição gastronómica de Santarém, unindo as 18 freguesias do concelho.

A autora do livro lançou também o desafio à autarquia de ter em Santarém o Museu Nacional da Gastronomia.

A obra contou com o apoio e entusiasmo da Confraria Gastronómica do Ribatejo, que pela voz do seu Provedor, José Cruz Marques, demonstrou todo o seu contentamento com o lançamento da obra, que eternizará agora dezenas de receitas tradicionais do concelho, mas também muitos testemunhos do que eram e são os usos e costumes gastronómicos.

A obra reúne inúmeros testemunhos recolhidos pelos autores, que pretendendo ser o mais abrangentes possível, realizaram inúmeras entrevistas e muita pesquisa, contando para isso com a preciosa colaboração de diversas entidades e pessoas de Santarém.

Para Ricardo Gonçalves, Presidente da Câmara Municipal de Santarém, “este é um documento muito importante para todos nós em Santarém”, pois a gastronomia “tem uma marca muito grande no nosso concelho”.

“Somos a Capital da Gastronomia, não só por este festival, mas também porque temos cada vez mais restaurantes, todos eles com grande sucesso”, salienta o autarca.

Entre os objetivos da edição desta obra estava o de “preservar a memória de muitos daqueles que têm as suas receitas, que eram conhecidas nas freguesias mas que não estavam passadas ao papel”, recordando Ricardo Gonçalves que “havia muita tradição oral que se ia perdendo”, e que agora fica eternizada.

Questionado se a autarquia iria aceitar o repto lançado de criar em Santarém o Museu Nacional de Gastronomia, o autarca refere que “é algo sobre o qual já existiu algum trabalho no primeiro mandato”, estando agora o Município empenhado no Museu de Abril, que “ganhou preponderância”.

Para Ricardo Gonçalves o Museu Nacional de Gastronomia será um desafio para os novos executivos da Câmara Municipal de Santarém.