Carlos Coutinho realizou esta segunda-feira a sua última reunião enquanto presidente da Câmara Municipal de Benavente, devido à limitação de mandatos prevista na Lei, mas fê-lo deixando um anúncio de grande impacto para o concelho. O autarca revelou que a próxima fase do Benavente Logistic Park vai representar um investimento de 300 milhões de euros e criar cerca de dois mil postos de trabalho.
“Estamos a falar de um investimento de mais de 300 milhões de euros. Só agora o apresentamos porque era fundamental termos o Plano Diretor Municipal (PDM) devidamente publicado e adaptado ao regime em vigor, o que nos permitiu garantir os terrenos quer para habitação residencial, quer para atividades económicas”, afirmou Carlos Coutinho.
O Loteamento Industrial na Quinta da Foz prevê a edificação de dez lotes industriais, com uma área total de 628.905,7 metros quadrados, com o um volume de construção de 6.289.056,9 metros cúbicos, com uma altura de edificação máxima de 40 metros.
Além dos dez espaços industriais, o loteamento contempla ainda 1.932 lugares de estacionamento para veículos ligeiros e 738 lugares para viaturas pesadas.
Segundo o presidente, “este é um projeto que coloca o nosso município numa situação de excelência”. O autarca sublinhou que a nova área industrial “é muito superior à soma da urbanização industrial de Vale Tripeiro e da Murteira”, acrescentando que “estamos a falar de cerca de 50 campos de futebol em área coberta, uma dimensão significativa que demonstra a capacidade de acolher diversas atividades económicas”.
Coutinho frisou ainda que o projeto não é uma mera intenção: “Neste momento, o promotor já está a negociar com grandes players nacionais e internacionais. Há contratos a ser firmados para a instalação de unidades no concelho. Posso garantir que não se trata de um plano em papel, mas de uma realidade prestes a avançar”.
O autarca recordou também o trabalho estratégico que permitiu chegar a esta fase: “Isto não acontece por acaso. Foi preciso muito planeamento, muita estratégia e muito trabalho. Há mais de 20 anos que definimos o eixo urbano Samora Correia-Benavente como central para o nosso desenvolvimento. Esse planeamento está hoje a dar frutos e a mostrar que o concelho está preparado para responder aos desafios do futuro”.
Em matéria ambiental e de ordenamento do território, Coutinho destacou a preservação de áreas verdes: “Uma grande mancha arbórea de pinhal e sobreiro será mantida, permitindo criar um espaço verde de 45 hectares que funcionará como pulmão urbano, com circuitos de manutenção e zonas pedagógicas. Queremos uma zona industrial moderna, mas integrada no equilíbrio ambiental e urbano do concelho”.
O investimento contempla ainda infraestruturas complementares, orçadas em cerca de seis milhões de euros, que incluem abastecimento de água, saneamento, energia elétrica e mobilidade. “Estamos a falar de arruamentos modernos, com passeios, ciclovia e zonas verdes. É uma intervenção que vai servir não apenas o parque logístico, mas todo o território envolvente”, garantiu.
Para Carlos Coutinho, este projeto simboliza um legado para o futuro de Benavente: “O PDM que aprovámos é diferenciado, moderno e flexível. Foi pensado para dar resposta às exigências atuais da economia. O que hoje deixamos é uma ferramenta estratégica que permite atrair investimento, criar emprego e, sobretudo, assegurar desenvolvimento económico e social para a nossa população”.
O autarca concluiu destacando o simbolismo deste anúncio no final do seu mandato: “É com orgulho que termino funções deixando ao concelho uma perspetiva de futuro promissora. Benavente terá uma zona industrial de excelência, capaz de gerar riqueza, emprego e qualidade de vida. Este é o caminho que devemos prosseguir”.
