Câmara de Coruche promete endurecer medidas para reabrir Urgências de Coruche se não receber uma resposta até final do mês

18 Novembro 2021, 11:08 Não Por João Dinis

Cerca de um mês depois da Câmara Municipal de Coruche ter enviado uma Moção às autoridades de saúde locais, regionais e nacionais a exigir a reabertura do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde de Coruche em permanência e durante as 24 horas do dia, depois de encerrado em Março de 2020, na altura, em virtude da afectação dos recursos humanos ao combate à pandemia, o município continua à espera de uma resposta, e promete endurecer as medidas de luta caso não obtenha uma resposta até final do mês de Novembro.

A situação foi confirmada ao Notícias do Sorraia, pelo Presidente da Câmara Municipal de Coruche, Francisco Oliveira, que nos atestou que até ao momento “não tivemos nenhum feedback, pelo menos que tenha conhecimento de última hora, de resposta quer seja daquilo que foi a nossa moção, e o nosso ultimato digamos assim, para a abertura do Serviço de Atendimento Permanente de Coruche 24 horas”, pelo que a autarquia está “a aguardar que quer por parte da ARS, quer por parte do Ministério da Saúde nos façam chegar alguma indicação”, sobre a reabertura do serviço de urgências.

Francisco Oliveira acrescentou ainda que a autarquia irá continuar “muito atenta e muito insistente no sentido de que o Centro de Saúde deve funcionar neste horário alargado das 24 horas, de forma a poder servir a nossa população e também dos concelhos limítrofes”, reforçando que irão fazer tudo o “que esteja ao nosso alcance enquanto entidade pública que tem também responsabilidades, quer da saúde, quer em termos sociais no nosso concelho, para que o Centro de Saúde volte a abrir”, tendo em conta que neste momento se aproxima o Inverno, “onde as necessidades do Serviço de Atendimento Permanente do Centro de Saúde são ainda mais prementes”, pelo que considera que “é importante que se criem essas condições para voltarmos a ter o nosso Centro de Saúde a funcionar em permanência”, reforçando que “tudo faremos que esteja ao nosso alcance para o fazer, para promover essa reabertura”.

Questionado sobre quanto mais tempo iria o município aguardar por resposta das autoridades de saúde, Francisco Oliveira retorquiu que “nós vamos esperar até ao final deste mês de Novembro”, pois para o município “é importante que nós tenhamos respostas, até porque temos que dar respostas também às nossas populações”, que também pressionam o município a exigir a reabertura do serviço de urgências em permanência.

O autarca refere mesmo que poderão existir formas mais duras de exigir a reabertura dos serviços, que podem ir muito além da tentativa de agendamento de uma reunião, podendo mesmo denunciar publicamente o silêncio das autoridades de saúde.”Essas medidas passarão não só pela denúncia pública da não resposta, mas eventualmente até por uma mobilização da nossa população para se associarem a esta nossa contestação e esta nossa revolta pela não abertura do centro de saúde”, anunciou, concluindo revelando que “neste momento estamos disponíveis para qualquer medidas que sejam necessárias para que elas possam ser mobilizadores, ou até pressionar, as horas da abertura do nosso serviço de atendimento permanente.”

Também esta quarta-feira, o deputado do PCP António Filipe remeteu à Ministra da Saúde, Marta Temido a questão do Centro de Saúde de Coruche, questionando a governante sobre “para quando se prevê a reabertura do SAP de Coruche no período nocturno”.

O Notícias do Sorraia contactou também o Dr. Carlos Ferreira, Administrador executivo do Agrupamento de Centros de Saúde da Lezíria, que gere o Centro de Saúde de Coruche, sobre a possibilidade de reabertura do SAP de Coruche, retorquindo-nos este que remeteu as questões por nós efectuadas aos “Serviços Centrais, onde se encontra competência para o efeito”.

O Director deu no entanto ênfase ao facto de em Coruche todos os munícipes estarem a coberto de médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar do Centro de Saúde/USF Vale do Sorraia, que tem actualmente 11 clínicos em permanência, factor que se salienta, mas que no entanto não dá cobertura aos anseios da população para a cobertura de 24 horas por dia do serviço de urgências.

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