Câmaras de Benavente e Coruche unidas no combate à praga de jacintos de água no Rio Sorraia

20 Agosto 2019, 17:53 Não Por João Dinis

As Câmaras Municipais de Benavente e Coruche, preocupadas com a praga de jacintos de água, encetaram já contactos com a Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Sorraia e com a Administração da Região Hidrográfica do Tejo e do Oeste, de modo a que possam delinear um plano de intervenção que deverá actuar durante anos, para o controle efectivo da praga.

As entidades têm agendado para o início do mês de Setembro uma reunião, de modo a encontrar um plano de acção para o combate à praga e consequente limpeza do rio Sorraia.

A Câmara Municipal de Benavente levou mesmo a efeito um levamento das zonas mais afectadas, com recurso a um drone, onde identificou que as zonas de maior concentração de jacintos de água, ocorrem no troço entre Coruche e Benavente, onde são densas e vastas as áreas afectadas.

Apesar de existir em Portugal uma máquina anfíbia que faz a recolha e destruição desta praga, a mesma não é possível de utilizar no rio Sorraia, dadas as suas dimensões, que não se acoplam às do rio Sorraia, pelo que a recolha dos jacintos de água, terá que ser feita através da utilização de meios mecânicos e manuais.

A praga dos jacintos de água surgiu na Europa em Espanha, no rio Guadiana, estendendo-se depois a diversos pontos de água da Península Ibérica, entre eles o rio Sorraia, ameaçando agora a fauna e flora, bem como as actividades agrícolas e piscícolas aí praticadas.

O jacinto de água é originário do rio Amazonas, no Brasil sendo esta situação foi potenciada com as alterações climáticas dos últimos anos, onde o aumento da temperatura se torna propício ao aparecimento e desenvolvimento da espécie.

Fotografia: Direitos Reservados

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