Câmara de Benavente aprovou Orçamento de 41.6 Milhões de euros para 2024

30 Novembro 2023, 11:46 Não Por João Dinis

Com os votos favoráveis da CDU e PS e os votos contra do PSD e da vereadora independente Milena Castro, a Câmara Municipal de Benavente aprovou esta quarta-feira, 29 de novembro, o Orçamento Municipal para 2024, com um valor global de 41.624.985 euros.

Considerado pelo Presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos Coutinho (CDU) um “orçamento extraordinário, cujo grande desafio é concretizá-lo”, o Orçamento Municipal de Benavente contempla cerca de 4.5 Milhões de euros paras as novas competências assumidas pela autarquia, nas áreas da Saúde e Educação.

Também a Estratégia Local de Habitação é contemplada com verba significativa.

O Orçamento, que o autarca referiu que após a inclusão do Saldo de Gerência, no mês de fevereiro, deverá rondar os 50 Milhões de euros, contempla uma intervenção no Centro de Saúde de Benavente, a rondar os 300 mil euros, a ampliação do Centro Escolar das Areias e do Jardim de Infância da Lezíria, em Samora Correia e será também iniciado o processo de ampliação da Escola Secundária de Samora Correia.

Na área desportiva o autarca anunciou a requalificação do Campo Portas do Sol, com a colocação de um relvado sintético, os Balneários na AREPA, a requalificação do Ginásio de Trampolins de Santo Estevão, numa obra de 1.050 Milhões de euros e um aumento de 5% nas transferências para as instituições e coletividades do concelho.

Carlos Coutinho anunciou para janeiro do próximo ano o arranque das obras do Museu Municipal, a requalificação da EN 118-1, a requalificação do espaço do Centro Cultural de Benavente e a Avenida do Tribunal, num valor global de 3.5 Milhões de euros.

O autarca anunciou depois um conjunto de obras e requalificações a realizar por todo o concelho, nomeadamente o arranjo da Coutada Veja, a ampliação do Cemitério de Samora Correia, a Casa Mortuária de Benavente, o largo das festas da Barrosa, o Parque Urbano do Porto Alto, a estrada das Vagonetas, entre outras intervenções que se encontram orçamentadas.

“Algumas obras estão neste orçamento, mas apenas vão estar concluídas no final do mandato, em 2025”, salientou Carlos Coutinho.

Para a vereadora Sónia Ferreira (PSD) este é um “orçamento falso”, que não representa a realizada, pois acumula muitos projetos que não passam do papel e esquece outros por completo.
“Valoriza-se mais a gestão corrente que a evolução do concelho”, referindo-se a Benavente como “um município sempre em festa”, mas que “deixa por fazer muitas obras estruturais”.

A vereadora enumerou ainda algumas obras que entende pertinentes, como a variante a Samora Correia, o Parque Urbano do Vale Verde, a criação de uma carreira urbana, o orçamento participativo, as creches e escolas e as obras dos Foros de Almada e Coutada Velha.

A vereadora independente Milena Castro, criticou a entrega tardia dos documentos, considerando depois que o orçamento apresentado “não é adequado às expetativas do concelho de Benavente, que assim caminha para ser um dormitório dos centros urbanos”.

Milena Castro considera que falta planeamento e estratégia para o concelho.

O vereador socialista Joseph Azevedo, que viabilizou a aprovação do orçamento, considerou que a aprovação do orçamento é “um dia feliz para o PS de Benavente”, pois permitiu devolver uma verga significativa às famílias, com a redução de 2.5% no IRS.
“Foi uma negociação difícil”, mas que o eleito considerou ser benéfica para o concelho de Benavente e que resultou num “orçamento desafiador e equilibrado”.

As intervenções foram concluídas pelo Presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos Coutinho, que desafiou os vereadores da oposição a apresentarem propostas como as que a CDU apresentou para o concelho de Benavente, retorquindo depois as críticas da oposição, relembrando, que o mandato tem quatro anos e que em 2025 se verá se muitas das críticas agora apontadas estão ou não as obras concluídas.

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