Bombeiros empenhados, exaustos e com vencimentos em atraso

Os milhares de bombeiros que se encontram empenhados em todo o país no combate aos incêndios que assolam Portugal, além de exaustos, têm também vencimentos em atraso, depois do Governo, através da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) não ter pago ainda as verbas referentes ao mês de Junho.

A situação havia sido já reportada pelo Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, que reclamou o pagamento de cerca de 4 milhões de euros às Associações Humanitárias que detém corpos de Bombeiros, relativas ao pagamento das equipas ECIN e ELAC, do dispositivo de combate a incêndios do mês de Junho de 2022.
“Foi acordado o pagamento de 2,50 euros por hora e 60 euros diários a quem disponibilizou meios humanos e viaturas para as ECIN e as ELAC em Junho”, disse, acrescentando que a verba foi “prevista no dispositivo de combate a fogos negociado com o Governo em 2022”.

Já esta quarta-feira, um Comandante de uma corporação do Vale do Sorraia, confirmou a situação, lamentando que “a ANEPC está-nos a pedir mais equipas de ECIN quando nos deve o mês passado”, revelando que há bombeiros que “contam com este dinheiro, que já é pouco e não é pago no tempo certo”, o que poderá desmoralizar ainda mais os homens. “Como podemos pedir mais a estes homens e mulheres”, lamenta.

A ANEPC explicou já que “está a trabalhar” para resolver a situação, não avançando no entanto com um data para o pagamento.