A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) defendeu hoje a obrigatoriedade de simulacros nos transportes públicos e outros equipamentos, uma das recomendações que deixou no encontro que teve com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
A reunião com Carlos Moedas foi pedida pela ANBP antes do que aconteceu no elevador da Glória, na passada quarta-feira, em Lisboa, mas o mortal acidente acabou por dominar a agenda, com os bombeiros a colocarem a tónica na prevenção.
Os bombeiros devem ter “contacto direto” com “tudo o que gravita” nas cidades, no sentido de se realizarem simulacros, em conjunto com os técnicos e as empresas que supervisionam os equipamentos.
“Havendo esses exercícios, simulacros, visitas, trabalho com os bombeiros, a probabilidade de haver uma situação desta natureza será bem menor”, porque bombeiros, técnicos e empresas “obrigam-se a fazer um relatório, que vai ser estudado, vai ser analisado”, realçou Fernando Curto, presidente da ANBP.
“Devia ser obrigatório que isso acontecesse”, vincou, relatando que Carlos Moedas “concordou, achou que é legítimo” adotar esse procedimento no futuro.
“A segurança da cidade de Lisboa e do país tem de ser a primeira obrigação dos governantes”, assinalou o bombeiro.
O presidente da autarquia de Lisboa, o social-democrata Carlos Moedas, não prestou declarações no final do encontro.
O acidente ocorrido na passada quarta-feira com o elevador da Glória provocou 16 mortos e vários feridos com gravidade.






