Balanço da Campanha dos Frutos secos fez-se em Santarém

24 Outubro 2024, 11:45 Não Por André Azevedo

A apresentação do “III Balanço de Campanha de Frutos Secos”, organizado pela Portugal Nuts – Associação Promoção Frutos Secos, e coorganizado pelo Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos (CNCFS) e Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN), teve lugar esta quarta-feira, 23 de outubro, com início às 9 horas, no Teatro Sá da Bandeira, com o apoio do Município de Santarém.

Nuno Russo, Vereador da Câmara Municipal de Santarém (CMS) com o Pelouro do Agricultura e Florestas, participou neste evento que teve como objetivo discutir o estado atual e o futuro do setor dos frutos secos em Portugal, abordando os desafios e as oportunidades para produtores, técnicos e investigadores desta fileira.

Na sua intervenção o Nuno Russo começou por “congratular a Portugal Nuts, na pessoa do Eng. António Saraiva, pela realização deste evento, com o apoio do Município de Santarém, que com o seu Pelouro da Agricultura e Florestas, pretende assumir um papel de liderança na discussão de todas as matérias de relevância para o desenvolvimento da agricultura no País”.

O Vereador da CMS apresentou os dados do “diagnóstico da realidade agrícola, pecuária, florestal e agroindustrial no concelho de Santarém, que apresenta alguns resultados interessantes, sobre a evolução da superfície de frutos secos. Pois a superfície dedicada à produção de frutos secos era extremamente reduzida até ao recenseamento de 1999, sendo que em 2009, observou-se um aumento de mais de 500 por cento na área dedicada à produção de frutos secos, relativamente ao recenseamento anterior, e até 2019 o crescimento foi de mais de 160 por cento”, sublinhou.

Por conseguinte, Nuno Russo lembrou que de “acordo com os dados da Portugal Nuts, Santarém foi o distrito que mais cresceu, em área plantada, em 2023 em amêndoa, e em 2021/2022 em noz, tendo contribuído para a duplicação do número de hectares nos últimos 1O anos, embora tenhamos ainda muito para crescer, se queremos ser um dos maiores produtores a nível europeu”.

Nuno Russo deu o exemplo do “recente investimento da Sociedade Agrícola Trilho Saloio, localizada na freguesia de Alcanhões, no concelho de Santarém, que entre 2017 e 2022 plantaram 300ha de nogueiras e que continua a apostar no Ribatejo, enquanto local ideal para a produção, quer pelas condições climatéricas, como pela disponibilidade de água e experiência em culturas irrigadas, e ainda a disponibilidade de subcontratados de alta qualidade. Esta empresa escalabitana, que investiu numa unidade industrial de frutos secos, integrando e valorizando a fileira das nozes, através da construção de uma unidade de lavagem, descasque, secagem, calibragem, embalamento, naquela que é uma das maiores unidades de processamento de nozes do País, num investimento global de 12 milhões de euros. E existe ainda a pretensão, e a ambição, para aumentar a plantação de nogueiras para 1.700 hectares, até 2030, sendo que a produção e embalamento de nozes, já está a permitir a comercialização de nozes com casca, miolo inteiro e metades, com a marca nozes do Ribatejo, de Santarém.”, referiu.

De referir que, o evento foi dividido em dois momentos principais. No dia 22 de outubro, realizaram-se as Visitas Técnicas às empresas GoNuts e Herbisrama. Estas visitas tiveram como principal foco a observação das práticas de cultivo e inovação no setor, que proporcionaram uma oportunidade prática para a partilha de experiências e conhecimento. No dia 23 o colóquio permitiu debater, ao longo do dia, as principais temáticas da produção da amêndoa, da castanha, da noz e da avelã.

____________________