Assembleia da Barrosa termina sem presidente e com população a pedir que “se dê a voz ao povo”

22 Dezembro 2021, 8:45 Não Por João Dinis

Terminou sem qualquer eleito e em clima de grande crispação a Assembleia de Freguesia da Barrosa, que se realizou esta terça-feira, 21 de Dezembro, e para a qual estavam agendados dois pontos, a eleição da Mesa da Assembleia de Freguesia e a eleição de vogal do executivo da Junta de Freguesia.

Com Ana Fonseca a acumular as funções de Presidente de Junta e da Assembleia Municipal, esta assembleia extraordinária, cuja convocatória se encontrava assinada por esta, foi Presidida pelo primeiro secretário Ricardo Castanheiro.

Frente a cerca de meia centena de eleitores da Barrosa, a sua maioria contra a actual situação e indefinição vivida na Junta de Freguesia da Barrosa, após a demissão de Nuno Gaspar, presidente eleito nas eleições de Setembro, a assembleia começou por votar a composição da Mesa da Assembleia de Freguesia, cujas duas propostas apresentadas acabaram por ser rejeitadas pela maioria dos eleitos.

Tanto a proposta A, composta por Patrícia Mateus, Carlos Sousa e Patrícia Nunes e a B, com os nomes de Patrícia Mateus, Carlos Sousa e Mara Pereira foram chumbadas, com 4 votos contra, 2 a favor e uma abstenção.

A bancada do PSD interpelou mesmo a mesa, sobre a aparição na lista do nome de Carlos Sousa, por este se encontrar ausente da reunião, tendo sido substituído por outro eleito, não considerando isso correcto. Ana Fonseca, actual líder do executivo, justificou esta inclusão com a permissão que a lei lhe daria. Ainda assim acabaram ambas as opções chumbadas.

Após o chumbo das duas propostas, Ricardo Castanheiro, deu a reunião por terminada, referindo que “se iriam pedir mais esclarecimentos”, sem no entanto referir publicamente a quem seriam solicitados os esclarecimentos sobre a situação que se vive na Junta de Freguesia da Barrosa.

Após a reunião, que não durou mais de quinze minutos, a população e os eleitos continuaram no exterior das instalações da Junta de Freguesia, onde foram esgrimidos alguns argumentos de parte a parte, algumas vezes em tom mais elevado e crispado.

A população, que se encontra com dúvidas sobre todo o processo, exige que a situação seja resolvida, estando também dividida com os pareceres que as forças políticas dizem ter e que lhe dão razão.

À porta da Junta de Freguesia os populares lamentavam a situação, sendo que na sua maioria defendem a demissão do actual executivo e a realização de eleições. “Que se dê a voz ao povo”, afirmavam muitos dos que ali se encontravam.

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