Asiáticos lideravam rede de tráfico internacional que tinha bases em Samora Correia e Salvaterra de Magos

16 Março 2024, 10:28 Não Por João Dinis

Uma rede internacional de pesca ilegal e comércio de meixão foi desmantelada na zona de Lisboa, tendo sido apreendidos quase cem quilos daquele tipo de enguia protegida, anunciou hoje a Polícia Marítima.

De acordo com o que o NS apurou, a rede seria agora liderada por cidadãos de origem asiática, que montaram bases em Samora Correia e Salvaterra de Magos, locais onde apanhavam, armazenavam e expediam os animais, cuja sua venda é ilegal.

Em comunicado, a Polícia Marítima refere que a sua Unidade Central de Investigação Criminal (UCIC) realizou na quinta-feira “uma megaoperação na zona de Lisboa, nomeadamente nos concelhos de Benavente, Cascais, Salvaterra de Magos e Vila Franca de Xira, de combate às redes criminosas associadas à captura ilícita, comércio e tráfico internacional de meixão”.

A operação resultou na “detenção de três pessoas e no desmantelamento de uma rede de tráfico internacional de espécies marinhas protegidas”, tendo sido executados 26 mandados judiciais, detidas três pessoas e constituídos sete arguidos.

As autoridades apreenderam ainda 95 quilos de meixão (77 vivo e 18 congelado), “quatro viaturas, cerca de 4.000 euros em dinheiro, diversas armas de fogo e armas brancas, apetrechos de pesca, material de acondicionamento, malas de viagem, tanques e material de oxigenação, vários documentos e provas digitais e produto estupefaciente (cocaína e canábis)”, refere a Polícia Marítima.

A investigação foi iniciada há dois anos e já tinha levado à detenção em flagrante de 21 indivíduos, com a apreensão de 420 quilos de meixão, que iria ser transportado por via aérea, e de 293 quilos transportados por via terrestre.

No total, com a operação de quinta-feira, o volume de meixão apreendido supera os 800 quilos, num valor estimado superior a 5 milhões de euros (6.500 euros por quilo).

A operação da Polícia Marítima contou ainda com o apoio da PSP, GNR e de elementos do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.


Com Agência Lusa

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