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“Aleitamento materno é essencial na prevenção de doenças” nos bebés e nas mães

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Á margem do Primeiro Encontro de Saúde Infantil, organizado pela Unidade Local de Saúde da Lezíria do Tejo, dedicado
à temática do aleitamento materno, onde se debateu vários pontos de vista sobre o assunto, desde estratégias para o início da amamentação, a promoção da amamentação, dificuldades das mães e dos bebés, entre outros, o NS conversou com a enfermeira Sofia Natal, uma das organizadoras da iniciativa e especialista em saúde infantil, sobre algumas questões subordinadas ao tema da amamentação. O encontro decorreu na segunda-feira, 6 de outubro, no auditório da Escola Superior de Saúde de Santarém.

A iniciativa teve ainda uma componente solidária, com 30 por cento das receitas das inscrições a serem entregues à associação de solidariedade social A Casa do Pombal, em Aveiras de Cima, contribuindo com cerca de 350 euros para apoiar o trabalho que associação faz no apoio a crianças orfãs.

A enfermeira Sofia Natal explica que “o aleitamento materno é essencial na prevenção de doenças”, trazendo benefícios não só para o bebé, mas também para a mãe, a família e a comunidade. O aleitamento reduz o risco de inúmeras doenças futuras, diminui custos de saúde e é um método preventivo fundamental. Enfatiza ainda a importância da uniformização dos cuidados de saúde e do desenvolvimento de competências dos profissionais para apoiar famílias, pois nota-se que muitas não estão preparadas e precisam desse suporte.

Além disso, sublinha que o leite materno previne doenças, como otites, e garante o desenvolvimento harmonioso da face do bebé, já que a mama está adaptada à criança. As vantagens estendem-se à mãe, reduzindo riscos de doenças como o cancro da mama. O aleitamento também facilita a vida em família, sendo mais económico e prático do que recorrer a fórmulas, cuja aquisição acarreta custos elevados, especialmente as específicas para determinadas necessidades.

No panorama social e económico, Sofia Natal aponta que o aleitamento materno contribui para a redução do absentismo laboral da mãe, uma vez que há menos doenças. Destaca ainda a tendência de declínio do aleitamento na prática clínica, responsabilizando a falta de capacitação de profissionais de saúde, o distanciamento das famílias nucleares, amamentações dolorosas e falta de apoio ou informação correta como causas principais.

Segundo a enfermeira, existe desinformação, excesso de informação errada e a falsa ideia de que o leite artificial substitui o materno, impulsionada por campanhas de marketing. Chama a atenção para a importância de procurar ajuda, defender escolhas informadas e garantir que o aleitamento seja uma experiência positiva e sem dor, adotando técnicas adequadas.

Os encontros e eventos de promoção do aleitamento são, para Sofia Natal, fundamentais para melhorar a informação e a formação contínua dos profissionais de saúde, que precisam ser capazes de apoiar as mães. Refere que as técnicas e protocolos sobre aleitamento materno estão em constante evolução, sendo difundidos por entidades como a Direção-Geral da Saúde e a Organização Mundial de Saúde, e incluem recomendações da UNICEF.

A enfermeira lembra que, embora a licença de maternidade em Portugal seja de 150 dias, existem alternativas para manter o aleitamento exclusivo até aos seis meses conforme recomendado pela OMS. Sublinham-se técnicas de extração e armazenamento do leite, para ser administrado em creches ou em casa, possibilitando o prolongamento do aleitamento exclusivo até aos sinais de prontidão alimentar do bebé – geralmente por volta dos seis meses.

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