“A Entidade de Turismo do Alentejo e no Ribatejo poderia ter feito muito mais na promoção do nosso território”, afirma Presidente da CM de Santarém

3 Março 2023, 12:28 Não Por João Dinis

Depois de já ter afirmando durante a edição 2023 da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) que Portugal deveria ter um Ministério do Turismo, pela atividade representar mais de 10% do PIB, o Presidente da Câmara Municipal de Santarém, Ricardo Gonçalves, sem fazer uma verdadeira crítica, considera que a “Entidade de Turismo do Alentejo e no Ribatejo poderia ter feito muito mais na promoção do nosso território”.

Apostando atualmente num stand autónomo, algo que só foi possível fazer depois de ultrapassadas as conhecidas questões financeiras do concelho de Santarém, Ricardo Gonçalves diz compreender que “estavam mais habituados a promover o Alentejo que o Ribatejo”, algo que, “se notou e ainda se nota”.

Vai haver eleições (na Entidade de Turismo) e acho que vai haver um refresh”, acredita o autarca, que acrescenta que “temos falado com aqueles que vão entrar de novo, com aqueles que nós apoiamos para entrar de novo”, tendo em perspetiva a criação de “uma delegação em Santarém” que já foi apresentada.

O autarca recorda ainda que “há uns anos atrás o Michael Porter veio estudar qual era a diferenciação Portugal e uma das coisas que dizia era Portugal podia se transformar na Califórnia da Europa, ou seja, quem tinha dinheiro, quem tinha qualidade de vida, devia transformar o nosso turismo”, e diz ainda hoje “acreditar que isso poderá ser uma solução”, havendo muitas coisas “não tão exploradas”, dando os exemplos do “turismo religioso, turismo de saúde, que já se fala há muito tempo”, isto por nos 12 meses do ano, em Portugal o tempo está bom em cerca de 10, e “isso é muito diferenciador.

Eu quero acreditar que as potencialidades do nosso país são enormes, e o turismo é fundamental para o crescimento e para a afirmação de Portugal”, afirmou.

Questionado se preferia ver o Turismo ao nível da Comunidade Intermunicipal, Ricardo Gonçalves começa por referir que “sendo pragmático, o município de Santarém foi prejudicado daquilo que foi a sua afirmação turística, porque em pouco mais de uma década passou da região turística do Ribatejo para a região Turismo de Lisboa e Vale do Tejo e depois para a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo”, o que levou a que não se conseguisse estruturar produto turístico.

O autarca escalabitano concluiu relembrando que em cima da mesa está a criação de uma nova NUTII, Ribatejo e Oeste, que vai levar a Lezíria para uma nova dimensão, o que poderá obrigar a uma nova reconstrução “dentro daquilo que é a nossa afirmação turística dentro de uma região.”

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