Exposição de pintura “Estima e não Estigma” inaugurada no Hospital Distrital de Santarém (com fotos)

10 Outubro 2024, 14:48 Não Por André Azevedo

A Associaçção r.INseRIR apresentou a exposição de pintura “Estima e não Estigma”, com obras realizadas pelos utentes, que vai estar patente no hall de entrada, na zona de consultas externas e no departamento de psiquiatria do Hospital Distrital de Santarém.

A associação, que integra o departamento de psiquiatria do HDS, tem como objetivo combater o estigma da população perante a doença mental, centrando nesse trabalho o tema da exposição. “A palavra “estima” simboliza respeito, empatia e valorização do outro, independentemente das suas condições ou desafios. Já o “estigma” é o preconceito, o rótulo que afasta e marginaliza. Ao deixarmos cair a letra que separa essas duas realidades — o “g” — revelamos que a única diferença entre o estigma e a estima é o preconceito que nós mesmos criamos. Devemos reconhecer a humanidade em todos, ver a pessoa antes da doença, e construir uma sociedade mais inclusiva e solidária” lê-se no painel que apresenta e dá o mote à exposição.

Durante a inauguração da exposição, que assinala o Dia Mundial da Saúde Mental, a presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde da Lezíria do Tejo, Tatiana Silvestre, ressalvou o “excelente trabalho” que a associação desenvolve junto dos utentes, proporcionando momentos de integração com a comunidade escalabitana como esta exposição.

“É preciso haver mecanismos de resposta” nas empresas e instituições

Tatiana Silvestre revelou ainda durante a exposição que este ano as comemorações têm como objetivo chamar a atenção para a saúde mental em contexto laboral.

Em declarações ao NS a presidente do CA referiu que o primeiro passo é a criação de condições laborais que promovam a estabilidade emocional do trabalhador, admitindo que deve ser “uma prioridade das empresas e de todas as instituições, incluindo as públicas”.

Os mecanismos de resposta em situações de burnout e de doença mental é outra das prioridades que Tatiana Silvestre aponta às empresas, reconhecendo também que é, muitas vezes, difícil identificar estas situações, especialmente se os trabalhadores não forem os próprios a procurar ajuda.

“É preciso os colegas e as chefias estarem atentos”, alertou Tatiana Silvestre, que dá ainda nota do aumento de problemas de saúde desde a pandemia da Covid-19, que atingiu o mundo em 2020.

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