Mercadorias voltam a viajar pelo rio Tejo a partir de 2026

30 Setembro 2024, 13:14 Não Por João Dinis

Depois de alguns avanços e recuos na última década, as mercadorias podem voltar a viajar pelo rio Tejo, já a partir de 2026, essa é pelo menos a convicção de Luís Figueiredo, Presidente do Grupo ETE, que em declarações ao jornal ECO dá conta de que o concurso para o Porto Fluvial de Mercadorias em Castanheira do Ribatejo está na fase final, e devidamente aprovado pela Agência Portuguesa do Ambiente.

A ETE está agora a analisar as propostas recebidas para a construção do Porto Fluvial no concelho de Vila Franca de Xira, num investimento inicial estimado de seus milhões de euros, que irá permitir que três a quatro barcaças façam o transporte de contentores e mercadorias pelo rio Tejo.

Cada barcaça irá transportar 100 contentores, sendo que um rebocador pode transportar até quatro barcaças. O volume e regularidade das viagens irá depender da adesão aos serviços da empresa, revela o responsável, que salienta que “em vez de saírem de camião de Alcântara ou Santa Apolónia, os clientes podem ir buscar os contentores a Castanheira do Ribatejo”, que tem a vantagem de estar a um quilómetro da Auto-estrada 1 (A1), com ligação a Sul e Espanha por várias vias rápidas nas imediações.

À mesma publicação económica, Luís Figueiredo destaca que a empresa está “em condições de pôr barcaças dia sim dia não”, o que poderá fazer aumentar o número de contentores a “viajar” pelo rio Tejo.

Entre as principais vantagens deste investimento estão a redução do fluxo de pesados a circular pelo interior dos concelhos de Vila Franca de Xira e Lisboa, o que se reflete num corte de emissões de CO2.

“Uma das virtudes do nosso projeto é que não precisamos de dragagens. As nossas barcaças conseguem ir carregadas praticamente até Santarém”, destaca o responsável, que acredita no sucesso do projeto, que poderá fazer expandir o projeto na Castanheira do Ribatejo até aos 200 hectares.

Recorde-se que em 2023, Fernando Paulo Ferreira, Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, referiu que este projeto permite “criar ganhos ambientais importantíssimos”, “retirando camiões das nossas estradas e poluições do nosso concelho”.

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