ULS Lezíria justifica que se deve evitar “vigilância da gravidez em simultâneo por mais do que uma equipa de saúde”

27 Setembro 2024, 10:32 Não Por André Azevedo

O Conselho de Administração da Unidade de Saúde da Lezíria do Tejo justificou a recusa em permitir que grávidas seguidas pelos médicos das Unidades de Saúde Familiar realizem as ecografias obstétricas no Hospital de Santarém com uma norma publicada pela Direção Geral de Saúde que determina “que deve ser evitada a vigilância da gravidez em simultâneo por mais do que uma equipa de saúde”.

Esta norma prende-se com facto de não haver duplicação de atos clínicos bem como uma “responsabilização e consistência nos aconselhamentos prestados”.

“Devem ser referenciadas para as unidades hospitalares as mulheres que apresentam fatores de risco materno-fetais”, explica a administração da ULS.

Quanto a gravidezes que não apresentem fatores de risco são acompanhadas nas Unidades de Saúde Familiar, “sendo que o médico de família garante a prescrição das ecografias obstétricas recomendadas para as gravidezes de baixo risco em unidades convencionadas do Serviço Nacional de Saúde”, refere a administração. Como noticiou o NS a 26 de setembro, estas unidades convencionadas são inexistentes em toda a área de influência da Lezíria do Tejo, necessitando as grávidas de se deslocar para os distritos de Lisboa, Leiria, ou Coimbra para o fazer.

Questionada a administração da ULS, via e-mail, sobre o porquê desta lacuna, não apresentou qualquer resposta. No mesmo contacto foi ainda questionado “Qual a solução que esta Unidade Local de Saúde apresenta para utentes que não tenham possibilidades financeiras de suportar os custos deste exame a título particular, ou de pagar um seguro de saúde?”, não havendo qualquer resposta por parte do Conselho de Administração da ULS.

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