Ataque à faca de Azambuja foi travado pela coragem de uma auxiliar

O sangue frio e a coragem de “Dona Fátima” foram essenciais para travar Dinis, o jovem que esfaqueou seis colegas na Escola Básica 1, 2 e 3 de Azambuja, na tarde de terça-feira, 17 de setembro.

A auxiliar foi avisada por um aluno que o agressor estava a esfaquear colegas indiscriminadamente e avançou direito ao atacante, pondo em risco a sua vida. Segundo o presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, “A dona Fátima motivou o jovem a acabar com o ataque”, revelando ainda que Dinis lhe agradeceu “quando caiu em si”.

À chegada da GNR ao recinto escolar o jovem já tinha cessado o ataque e estaria na sala da direção da escola.

Dinis foi formalmente detido, em flagrante delito, e transportado a uma unidade hospitalar para avaliação psicológica, segundo fonte da Polícia Judiciária.

Cabe agora ao Ministério Público acusar formalmente, ou não, o jovem, que por ter 12 anos já foi aberto um Processo Tutelar Educativo – processo para jovens entre os 12 e os 16 anos que pratiquem um facto qualificado pela lei como crime e apresente necessidades de educação para o direito.

Ao NS foram vários os encarregados de educação que relataram problemas de segurança e de violência no recinto escolar, bem como a falta de auxiliares. O pai de um aluno, que preferiu manter o anonimato, fala em situações recorrentes de bullying e violência que quando reportadas à direção escolar são ignoradas.

A escassez de auxiliares, sabe o NS, também foi reportada à direção da escola, mas no arranque deste ano letivo não foi ainda solucionada.