Lezíria do Tejo registou mais de 125 mil dormidas nos primeiros seis meses do ano. “Números muito relevantes e encorajadores” considera Presidente da Entidade de Turismo

29 Agosto 2024, 8:00 Não Por João Dinis

As unidades hoteleiras da Lezíria do Tejo registaram nos primeiros seis meses de 2024 um total de 125.142 dormidas, de acordo com os dados anunciados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os números apresentados pelo INE revelam um crescimento de cerca de 15% em relação ao ano 2023, que acrescem aos 160.321 hóspedes, se tivermos em conta os concelhos de Mora e Vila Franca de Xira, na área de abrangência do Notícias do Sorraia.

Para José Manuel Santos, Presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERTAR), estes são “números de facto bons”. “Tivemos essencialmente um bom ano de 2023, em que a região praticamente chegou às 270.000 dormidas”, números que não são fáceis tendo em conta que na região existem pouco mais de 2200 camas nas unidades hoteleiras.

Para o responsável “um crescimento de 15% no número de dormidas face 2023, é um crescimento muito, muito relevante, com o número de camas, que de facto ainda é escasso, significa que o destino com mais camas e com mais camas de qualidade vai conseguir e tem condições para ter um crescimento sustentado.”

Esta tendência na Lezíria do Tejo contrapõe a tendência do país, “em que se registou em geral alguma desaceleração da procura”, o que significa que “a região continua a crescer e, em concreto, a Lezíria do Tejo continuou a crescer, particularmente o concelho de Almeirim que cresceu 5% Almeirim face a igual período do ano anterior.”

Almeirim registou entre janeiro a junho um total de 14.627 dormidas, apenas superadas pelas 56.021 de Santarém. Acima das dez mil estão ainda os concelhos de Benavente, com 13.959 e Rio Maior, com 13.742. Azambuja com 7.730 dormidas, Coruche com 6.144 hóspedes registados, Golegã com 5.581 e Cartaxo com 5.567 são ainda municípios com números expressivos.

Para José Santos, estes números são o reflexo “de um trabalho colectivo, em primeiro lugar, das empresas, da animação turística, da hotelaria, do turismo rural e do alojamento local”.

O Alojamento Local tem na Lezíria do Tejo uma importância muito grande, pelo que o Presidente da Entidade de Turismo do Ribatejo considera que “temos que prestar também uma atenção especial aqui ao alojamento local, mas também à hotelaria, ao turismo rural, à animação turística”.

“Eu creio que são boas notícias que se devem também, obviamente, ao trabalho dos municípios, ao trabalho também muito da comunicação social que nesta região promove muito o território”, acrescenta.

“Acredito que o impulso que nós demos a partir de meados do ano, com ações tangíveis, concretas, como se recordam, terá dado também um contributo a esta dinâmica que queremos manter este ano e estamos a ultimar um especial “Boa cama, Boa mesa” que vai sair agora em setembro, só sobre a Rota dos Vinhos do Tejo e Wine Rute 118”, anuncia.

Numa altura em que a região tenta atrair novos investidores para a construção de novas unidades hoteleiras estes são números que o Presidente da ERTAR considera encorajadores, revelando que “já há dados objetivos no terreno, projetos que estão a iniciar, construção, alguns pedidos de informação prévia, alguns projetos de arquitetura que estão aprovados nos municípios e eu creio que há essa dinâmica que é fundamental para um território que de facto tem um número muito escasso de camas.”

A Entidade Regional de Turismo continua a apoiar a qualificação das empresas, e no final do ano irá apresentar “roteiros de investimento em cinco concelhos”, dois deles no Ribatejo, Santarém e Alpiarça, onde serão apresentadas a eventuais investidores as oportunidades de cada um destes territórios.”Não podemos trabalhar, obviamente, todos os concelhos, esperamos no próximo ano trabalhar com mais”.

“Eu acredito que num ano de 2024 e no ano de 2025, que serão anos desafiantes, especialmente do ponto de vista do mercado nacional, o nosso trabalho é manter o território vivo na mídia e na comunicação social, para que cada vez mais as pessoas se interessem por esta região”, conclui.

____________________

____________________