Projeto “Ouro Líquido” quer valorizar olival na região

19 Julho 2024, 20:09 Não Por André Azevedo

O projeto “Ouro Líquido”, que tem como objetivo valorizar o olival tradicional nos sete municípios do Parque Nacional das Serras de Aires e Candeeiros, foi apresentado na tarde de sexta feira, 19 de julho, no salão nobre dos Paços do Concelho de Santarém, com a presença de Luis Melo, consultor do projeto e do vereador com o pelouro da Agricultura, Nuno Russo.

Os objetivos do “Ouro Líquido” passam por valorizar o azeite, potenciar o oliviturismo, cuidar do olival e ordenar o território. Implantando em 2023 nos municípios de Alcanena e Torres Novas, como experiência vai agora expandir-se aos restantes municípios – Santarém, Rio Maior, Alcobaça, Porto de Mós e Ourém.

O projeto centra-se “na recuperação do olival tradicional, que tem decrescido na região durante as duas últimas décadas” explicou o consultor do projeto, dinamizado pela Associação De Desenvolvimento Das Serras De Aire E Candeeiros (ADSAICA).

O abandono de terrenos de olival tradicional de sequeiro tem sido uma realidade na região, com Luis Melo a atribuir fatores como a dificuldade na mecanização e os altos custos de mão de obra aliados à baixa produtividade. Ainda assim registam-se 13.700 hectares de olival nos sete municípios do PNSAC. Só no concelho de Santarém há cerca de 1800 áreas de olival tradicional.

O projeto entra agora na sua segunda fase em que para além da expansão, prevê a criação de uma associação de produtores para dar apoio técnico e criar ações de marketing que visem promover quer o azeite, quer desenvolver o setor do oliviturismo, que “ainda não tem muita expressão em território nacional”, segundo Luis Melo.

A terceira fase do “Ouro Líquido” está prevista começar em 2025 e estender-se até 2028, com o objetivo de “trabalhar todo o território do PNSAC”.

A sessão foi dirigida aos produtores de azeite da zona de Santarém e contou com a presença de mais de duas dezenas. Os que mostraram interesse em participar vão ser contactados pessoalmente pela ADSAICA para incorporarem o “Ouro Líquido”.

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