Matrículas dos alunos do 2.º ao 5.º anos alargadas até sexta-feira

11 Julho 2024, 11:33 Não Por Lusa

O Ministério da Educação alargou o prazo das matrículas dos alunos do 2.º ao 5.º ano até sexta-feira, na sequência de problemas na plataforma que voltaram a impedir os encarregados de educação de realizar as inscrições.

Na madrugada de quarta-feira, último dia do calendário para as matrículas dos alunos do 2.º ao 5.º ano, “ocorreram problemas técnicos num equipamento de refrigeração do centro de dados da Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN)” que afetaram o Portal de Matrículas, revelou ao final do dia de quarta-feira o gabinete do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI).

A tutela garante que as equipas técnicas e os fabricantes dos equipamentos tentaram resolver o problema em tempo útil, mas não conseguiram, motivo que levou ao alargamento do prazo após a “garantia de que a situação está normalizada”.

Em comunicado, o Governo volta a lamentar o incómodo e a perturbação causada aos encarregados de educação e escolas devido a falhas do Portal das Matrículas, que já levaram também, por duas vezes, ao alargamento do prazo para a inscrição dos alunos dos 6.º, 7.º, 8.º, 9.º e 11.º anos.

Na audição parlamentar realizada na quarta-feira, o ministro Fernando Alexandre responsabilizou o anterior Governo pelos atrasos na preparação do ano letivo, referindo-se aos constrangimentos no Portal das Matrículas e aos atrasos nas colocações dos docentes.

“Acabaram com uma plataforma que funcionava mal para criar uma nova. Quando chegámos começou a ser feita a plataforma”, referiu, acrescentando que a nova “plataforma foi testada com os alunos que se matricularam”.

Mais de duas semanas após a abertura do prazo para as matrículas, vários pais continuavam na quarta-feira sem conseguir inscrever os filhos, uma situação que Fernando Alexandre reconheceu ser desagradável, sublinhando que “afeta a vida de centenas de milhares de pessoas”.

“Já pedi desculpa, porque acho lamentável que as famílias percam tanto tempo para fazer uma coisa que deveria ser um clique. (…) Isto é um falhanço do processo de digitalização, mas que nós pretendemos corrigir”, referiu, garantindo que os sistemas de informação irão ser reforçados e no próximo ano “os erros não se vão repetir”.

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