Museu Municipal de Coruche reabre sábado com exposição de fotografia

O Museu Municipal de Coruche reabrirá portas no próximo sábado, depois de estarem concluídas as obras e requalificação e implementação de medidas de eficiência energética, numa intervenção iniciada em janeiro de 2022 e agora concluída, após um investimento de cerca de 500 mil euros por parte da Câmara Municipal de Coruche.

As intervenções no Museu Municipal ocorreram sobretudo ao nível da gestão inteligente de energia, utilização de energias renováveis e promoção da melhoria da eficiência energética, que se revelaram “fundamentais para modernizar a infraestrutura”.

De acordo com a autarquia, as intervenções não só preservam a integridade do edifício, como incorporam tecnologias inovadoras que permitem reduzir em 42,2% o consumo anual de energia primária. “Alinhando-se com as metas ambientais de Coruche na transição para uma economia de baixo carbono, a requalificação afirma o compromisso do Município com a sustentabilidade e com a revitalização deste importante espaço de preservação da memória e da cultura coruchense”, salienta o Município de Coruche.

Para a reinauguração do espaço, a autarquia de Coruche aposta numa exposição de fotografia temporária, intitulada, “Armindo Cardoso, um fotógrafo humanista em Coruche”.

do autor, homem de muitas geografias que também fez a História de Coruche.

Nascido no Porto em 1943, Armindo Cardoso é reconhecido pelo seu olhar humanista, focado nas pessoas e nas suas histórias. A exposição, patente em Coruche até 31 de dezembro de 2024, reúne uma seleção das 25.600 imagens captadas durante a sua colaboração com o Município entre 1979 e 1989, e novamente em 2006. O fotógrafo documentou de forma singular as atividades autárquicas, a reforma agrária e os trabalhos agrícolas, destacando sempre os rostos e a vida das gentes. A exposição não é apenas uma homenagem ao homem e à obra, mas também um convite aos coruchenses para refletirem sobre a sua própria história e identidade. Considerando que “os espaços museológicos são centros de excelência de preservação da memória coletiva e de elevação do sentido identitário das comunidades”, Francisco Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Coruche, estende o convite à participação dos coruchenses, “ajudando a interpretar tudo o que cada imagem de Armindo Cardoso nos pode dizer sobre nós próprios”.

Além da exposição temporária será também reinaugurada a exposição de longa duração “Coruche: o Céu, a Terra e os Homens”, que foi enriquecida com novas tecnologias, incluindo um projeto 3D financiado pelo Alentejo 2020, assente na digitalização de peças significativas como a pedra de anel do século I d.C. com a efígie da deusa Minerva, que constitui o logótipo do Museu, e o ceptro medieval que atestava a representação do poder régio na comunidade, proporcionando uma nova forma de interação e estudo do património cultural.

Adicionalmente, uma nova vitrina, financiada pelo programa ProMuseus, exibe o sino de 1287, o mais antigo de Portugal, numa estrutura que utiliza a matéria-prima autóctone da cortiça com dupla função: estética e de minimização da humidade como forma de preservação da importante peça.

O programa da reinauguração inicia-se pelas 18 horas, com a presença de autarcas e convidados, seguindo-se depois uma visita guiada às exposições e instalações do Museu Municipal de Coruche.