Benfica do Ribatejo homenageia combatentes da Guerra Colonial (com Fotos)
24 Junho 2023, 15:36O monumento de homenagem aos combatentes da Guerra Colonial foi inaugurado na manhã de sábado, 24 de Junho, em Benfica do Ribatejo, concelho de Almeirim. A cerimónia contou com a presença do presidente da Câmara de Almeirim, Pedro Ribeiro, a presidente da Junta de Freguesia, Cândida Lopes, do presidente da Liga dos Combatentes de Santarém, Carlos Pombo, do secretário geral da Liga dos Combatentes, Faustino Hilário, do representante da comissão pró-monumento Manuel Dionísio e de vários ex-combatentes e familiares de Benfica do Ribatejo.
Pedro Ribeiro declarou que para além de uma homenagem a quem defendeu o país com muito sacrifício, é também uma forma de não deixar cair no esquecimento aquele que foi um dos períodos mais negros da história de Portugal, de forma a que não se volte a repetir. “Só está politicamente e militarmente disponível para a guerra quem nunca passou por ela”. O autarca revelou ainda ser filho de um ex-combatente e relembrou a falta de informação durante os seus tempos de juventude, apontando o monumento também como uma forma de não vedar conhecimento, especialmente às gerações mais novas.
Ao NS, Cândida Lopes, que serviu nas forças armadas, nomeadamente na força aérea, afirma que é um orgulho homenagear os ex-combatentes da freguesia e que é uma forma de “perpetuar a memória dos que defenderam a pátria mesmo com o sacrifício da própria vida”. A autarca diz ainda sentir gratidão, admiração e profundo respeito pelos que serviram na guerra colonial.
Secretário Geral da Liga dos Combatentes deixa Críticas ao apoio do Estado aos ex-combatentes
O Secretário Geral da Liga dos Combatentes, Faustino Hilário, deixou críticas severas à actuação do estado central no apoio prestado aos ex-combatentes. O ex-militar afirmou que é preciso haver mais apoio aos homens que defenderam a nação em território africano e que voltaram quebrados física e psicologicamente. O secretário geral deu como exemplo o apoio na compra de medicamentos nas farmácias, acompanhamento psicológico ou psiquiátrico, e apoio na habitação, referindo que estes apoios são, muitas vezes, prestados pela Liga dos Combatentes, que substitui dessa forma o trabalho que “deveria ser o Estado a fazer”.