José Santos apresenta “nova ambição” para o Turismo do Ribatejo (com Fotos)

A Casa do Campino, em Santarém, acolheu ao final da tarde desta quarta-feira, 5 de abril, a apresentação da candidatura de José Manuel Santos à presidência da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERT).

A assistir à apresentação da candidatura do atual Secretário-geral da ERT, estavam a quase totalidade dos autarcas da Lezíria do Tejo e muitos empresários do setor do turismo da região, que ouviram José Santos anunciar que pretende dar uma “nova ambição” ao turismo da região, levando-o a ganhar “maior expressão”, defendendo uma maior ligação entre as autarquias e os privados.

Sob o desígnio “Nova Ambição – Construir o Futuro 2023”, a candidatura de José Santos assenta em seis princípios, ambição, clarificação, influência, proximidade, segmentação e responsabilização, contando para isso com uma equipa de onde se destacam os nomes de Pedro Beato, que será o “homem forte” do Turismo do Ribatejo e Pedro Ribeiro, Presidente da Câmara de Almeirim e da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo.

Daniel Mota e Mariana Delgado, os mandatários da Lezíria do Tejo da candidatura de José Santos, não deixaram passar a oportunidade para desejar que a Entidade de Turismo da região possa olhar de outra forma para o Ribatejo.

Ao NS José Santos disse acreditar que “há uma expectativa de, de facto, podermos trabalhar no Ribatejo de uma forma mais autónoma, mais específica”, acreditando que “nos últimos anos foram dados alguns passos importantes nesse sentido e cabe-nos a nós concretizar e aprofundar esse trabalho.”

Para José Santos, “a Lezíria do Tejo é um território que tem um grande potencial”, e a sua candidatura tem “a noção de que é preciso fazer mais e é preciso de facto criar aqui dinâmicas de criar aqui dois, três roteiros”. ”Nós temos que olhar aqui para território e eleger aqui dois, três roteiros de visitação, dois, três projetos que sejam muito abrangentes do ponto de vista do território, e tentarmos que esses roteiros consigam essencialmente trazer mais turistas e fazer com que os visitantes que demandam este território fiquem mais noites a aumentar a estadia média”, acreditando que essa estratégia irá atrair mais investidores para o território.

Apesar de nos últimos anos, autarcas e empresários criticarem a Entidade de Turismo, acusando-a muitas vezes de ignorar o Ribatejo, José Santos está focado em alterar essa realidade e apresentar uma nova dinâmica para a região.”Este trabalho de criar um destino turístico, de criar uma dinâmica turística com os atores do território, com os privados, com as câmaras, reunir as pessoas à volta de temáticas importantes que valorizam o território é um trabalho difícil, exige muito foco, muita estratégia”, salienta, não se incomodando com as críticas, com as quais diz conviver muito bem.

José Santos diz acreditar que “vamos conseguir no médio prazo, de três a cinco anos, melhorar este território”, onde já existem “boas empresas, já temos projetos empresariais, desejamos boas dinâmicas turísticas, mas entendemos que podemos melhorar mais”, “pode ser mais importante na criação de valor económico, cultural e social neste território.”

A renovada entidade de turismo promete uma maior proximidade com todos os agentes turísticos da região, “temos que ouvir os empresários ativamente e integrar as suas propostas nos projetos e nos planos”.

“Os empresários têm as suas estratégias de negócio, os seus projetos, a nós compete-nos ajudá-los sempre que necessário”, salienta José Santos.

Outro dos focos da candidatura apresentada será um turismo mais sustentável, sobretudo numa região onde existem dois grandes rios, Tejo e Sorraia, bem como diversos espaços naturais, onde José Santos pretende implementar algumas estratégias. “Nós temos que perceber como é que devemos criar infraestruturas e criar âncoras de visitação aos turistas”, “estamos a falar de um turismo de pequena escala de nicho, mas este território, beneficiando da sua proximidade a Lisboa, por ser um território complementar de turismo de natureza a Lisboa”, pelo que “nós temos que posicionar o Tejo como um território de visitação”.

José Santos termina referindo que  “vamos estudar os dossiês, não vale a pena, nesta funções, fazer grandes promessas, agora que este território pode, pelo seu grande capital natural, abrir oportunidades de investimentos ao turismo, isso sim”, “eu acredito que possamos ter daqui a cinco anos mais visitação turística e mais turistas neste território”.