Padre Heliodoro Nuno regressa à Paróquia de Samora Correia após ser ilibado

4 Novembro 2022, 16:02 Não Por Redacção

A Arquidiocese de Évora anunciou esta sexta-feira, que o Padre Heliodoro Maurício Nuno irá regressar à Paróquia de Samora Correia, depois de ter sido ilibado pelo Tribunal Judicial de Santarém da acusação do Ministério Público de Santarém por abuso sexual de criança por omissão.

A 12 de Julho, o Padre Heliodoro Nuno havia sido acusado pelo Ministério Público de ter tido conhecimento de um caso de abuso sexual, praticado por um catequista da Igreja de Samora Correia, sobre uma criança de 12 anos e de apenas o ter afastado das funções, não denunciando o caso às autoridades.

Segundo a Arquidiocese de Évora, o Tribunal Judicial de Santarém decidiu levar a julgamento o colaborador da paróquia que se mantém cautelarmente proibido de contactos por qualquer meio com menores de 16 anos e sujeito à medida de coação de obrigação de permanência na habitação com recurso a vigilância electrónica.

“Em interrogatório durante o inquérito judicial, o colaborador confessou ter praticado os actos de que é acusado”, refere ainda a Arquidiocese, que uma vez mais pede desculpa às vítimas e suas famílias, “por não termos evitado que estes abusos tivessem acontecido”.

“Na mesma decisão judicial, o Tribunal decidiu também não pronunciar, e portanto não levar a julgamento, o pároco por não haver indícios de, e citamos, “nenhuma vontade de encobrimento ou de menosprezar os factos e as situações. O que foi subestimado foi o risco futuro de tal voltar a acontecer”, esclarece a Arquidiocese de Évora, que acrescenta que também o Dicastério para a Doutrina da Fé que, declarou que “não se encontram elementos que configurem um delito canónico” por parte do sacerdote, que “não agiu de modo doloso”; quanto muito “pode ter sido imprudente por não ter agido de modo mais incisivo”.

Após as decisões do Tribunal Civil e Canónica, a Arquidiocese de Évora entende que estão reunidas condições para que o Pároco Padre Heliodoro Maurício Nuno retome “o exercício normal de todas as tarefas pastorais, de que tinha sido preventivamente afastado para permitir todas as averiguações, com as quais colaborou sempre com a máxima disponibilidade.”

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