Governo lança campanha para que possamos ter um “Natal tão parecido com o que as nossas tradições nos foram ensinando a ter”

4 Novembro 2020, 15:22 Não Por Redacção

“Planeie o seu Natal com tempo. Compre cuidando de todos”, é o mote da iniciativa promovida pelo Ministério da Economia e da Transição Digital para este Natal, em colaboração com a Deco, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), a Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) e a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), cuja apresentação decorreu esta quarta-feira.

Através de ferramenta digital criada para o efeito, os comerciantes que adiram à iniciativa assumirão o compromisso , mediante a subscrição de uma declaração de compromisso no portal  eportugal e à colocação, no seu estabelecimento, do dístico identificativo da iniciativa, de permitir que, nos respetivos estabelecimentos, possam ser trocados, até 31 de Janeiro de 2021, os produtos aí comprados entre 4 de Novembro e 25 de Dezembro. 

Num contexto de combate à pandemia de Covid-19, a iniciativa Natal 2020 – Compre cuidando de todos é promovida para dar resposta ao habitual acréscimo de compras na época natalícia e ao especial afluxo às lojas para trocas após o dia 25 de dezembro, visando, além da possibilidade de as trocas serem efetuadas até 31 de janeiro, a sensibilização: dos consumidores, para que planeiem e realizem as suas compras com antecedência; e dos comerciantes, para o alargamento dos períodos de possíveis promoções de curta duração, como, por exemplo, a denominada ‘Black Friday’.

“Quem controla a transmissão da pandemia somos nós, pelo comportamento que temos ou não temos”, afirmou o Primeiro-Ministro António Costa no lançamento da Campanha “Planeie o seu Natal com tempo, compre cuidando de todos”, afirmando que “queremos ter Natal e um Natal tão parecido com o que as nossas tradições nos foram ensinando a ter”, e “faz parte das nossas tradições que o Natal seja um momento em que damos” e, portanto, “um momento de compras”.

O que “justifica esta campanha de ter mais tempo para comprar, mais tempo para trocar, para evitar as aglomerações”, pois há a certeza de que “uma pessoa sozinha não contagia nem é contagiada, duas pessoas, aumentam o risco de contágio, e com 3, 4, 5, 6 pessoas, o risco de transmissão vai aumentando”, disse.

António Costa afirmou que, neste tempo, a sociedade tem o exercício difícil de controlar a pandemia «com a menor perturbação possível da vida pessoal, social, laboral, comercial», sendo que “sempre que a pandemia o permitir, as regras serão aliviadas, mas quando o exigir, serão apertadas”.

“Num primeiro momento, a única forma que tivemos de controlar a pandemia foi encerrar um conjunto de atividades, incluindo grande parte do comércio a retalho não essencial; depois percebemos que, com regras, era possível retomar essas atividades com segurança, e, em maio, retomámos a atividade comercial”, disse.

“Os comerciantes mantiveram os estabelecimentos cumprindo as regras” e “foi possível que os cidadãos, para além do acesso aos bens essenciais, que nunca esteve fechado”, voltassem a ter acesso ao comércio em geral. 

Neste momento, “em que o crescimento da pandemia impõe restrições agravadas, procurámos evitar que elas fossem aplicadas ao comércio, mas temos consciência que ele sofre devido a outras regras”, como o teletrabalho e a limitação do horário de funcionamento, pelo que «tem sido dos setores mais afetados por esta crise”.

O Primeiro-Ministro sublinhou que “o Governo tem bem consciência das dificuldades e o Conselho de Ministros vai aprovar um novo conjunto de medidas de apoio às micro, pequenas e médias empresas” que “estão a suportar um custo muito grande do esforço que temos de fazer para controlar a pandemia”.

O Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, disse que começa agora “a época em que todos começamos a pensar nas compras de Natal, mas este ano fazemo-lo num contexto diferente em que a pandemia exige a todos cuidados particulares”.

Desde o começo da pandemia, “temos seguido regras de salvaguarda da saúde da comunidade”, com restrições ao número de cientes, circuitos de circulação, desinfeção…”, disse acrescentando que os seis meses desde o desconfinamento «demonstram que a experiência de compras é segura, em que os consumidores, além de continuarem a contar com a excelência de serviço que o comércio, cada vez mais, oferece, também encontram um espaço seguro”.

“Se queremos conciliar as compras de natal com a segurança que nos é exigida”, “temos de planear o processo de compras, evitar deixar para a última hora», ir «o mais cedo possível” e “pensar que após o Natal não teremos de fazer a corrida para trocar a prenda que não corresponde à nossa preferência”, afirmou.

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