“A Escola é um lugar seguro, mas é necessário fora dela os alunos também continuem protegidos…”, afirma Directora do Agrupamento de Escolas de Coruche

A Directora do Agrupamento de Escolas de Coruche, a professora Isabel Cordeiro, era na manhã desta quinta-feira, 17 de Setembro, uma professora realizada, por estar a inaugurar um novo equipamento para os seus alunos, mas também apreensiva com a situação que estamos a viver, num início de aulas que esta considera absolutamente diferente de todos os outros que já fez.

Referindo-se ao novo pavilhão desportivo, inaugurado pela autarquia e pelo Agrupamento de Escolas, Isabel Cordeiro refere que este vem substituir um pavilhão que não tinha nenhumas condições para a prática desportiva, sendo que agora “temos um pavilhão com as condições acústicas, a ventilação, com os espaços organizados, com materiais que podem ser arrumados em arrecadações próprias, até os próprios balneários (que de momento não podem ser utilizados), casas de banho… temos um espaço adequado àquilo que deve ser um Pavilhão Gimnodesportivo”, referindo que agora ”os alunos vão ter todas as possibilidades de ter sucesso na disciplina de educação física, nas várias modalidades que aqui vão praticar, porque efectivamente não têm aquela transpiração, como referiu o Presidente à pouco, tem um espaço agradável para poderem estar…”, facto que não acontecia até aqui, pois quando chovia o pavilhão não poderia ser utilizado, tendo os alunos que realizar aulas teóricas, quando o que se pede na disciplina são aulas práticas.

Embora contente com a inauguração do novo equipamento, Isabel Cordeiro afirma que “ainda temos a Escola Secundária a necessitar de algumas alterações, alguma remodelação”, salientando as mais imediatas como a remoção das coberturas de fibrocimento, bem como “o pavilhão também requer obras”, embora seja relativamente recente, “mas não teve de construção logo de raiz o que era adequado ter”, pois “é um pavilhão que concentra muita humidade, em que os alunos transpiram imenso, as condições acústicas não são as melhores… não tem comparação possível com este… “, “penso que uma das vontades do município será também fazer um investimento a esse nível nesse pavilhão”, referiu-nos a directora.

Um dos problemas do pavilhão da Escola Secundária são balneários, que embora não utilizados neste momento, mas que esta considera estarem “em condições muito graves de saúde”, embora “a fiscalização que lá passa diz que podem ser utilizados efectivamente, só que nós achamos que os alunos são em quantidade, os balneários são pequenos, tem pouca abertura em termos de exterior e ventilação e isso é uma preocupação que nós temos também, penso que esses também irão ser reconstruídos, mais dia, menos dia…”

Sobre o regresso às aulas, que se efectivou esta quinta-feira, Isabel Cordeiro, refere que “na webinar que fizemos, era um “mundo novo, a mesma escola”, eu diria que não é bem assim, é um mundo novo e uma escola nova, porque é muito bom ter os alunos na escola, é muito bom vê-los voltar, porque muitos deles desde Março que não estavam, porém a escola que eles encontraram, não é a escola da qual eles saíram… não é a escola a que eles estavam habituados… “, isto porque, “há as regras de segurança, o distanciamento, muito cuidado com os percursos, tudo isto sinalizado, digamos que quase que eles estão “emparedados” dentro da escola, mas tem de ser assim… é assim que temos de conviver com esta pandemia que nos afecta a todos e vamos tentar dar o nosso melhor…”, refere a Directora do Agrupamento de Escolas de Coruche, que afirma ainda que “a escola é um lugar seguro”, pelo que no seu entendimento é necessário um esforço de todos para que “o que vem de fora para dentro da escola tem que ser seguro também”, pedindo a todos que tenham muita atenção e cumpram todas as indicações, dentro e fora da escola.

Isabel Cordeiro refere que “a escola está preparadíssima, a escola não, todas as escolas do agrupamento estão preparadíssimas para aquilo que são as regras da DGS e que nós devemos todos cumprir”, destacando que “os alunos estão a ser elucidados, bem como os seus encarregados de educação, daquilo que devem fazer dentro do espaço escolar e fora do espaço escolar”, demonstrando depois o seu descontentamento com um grupo que passava, “estou a olhar ali para fora, por exemplo, e estou a vê-los todos sem máscara, em grupo, como se não houvesse amanhã”, facto que pode ser perigoso para eles e para os seus colegas, pois “estes alunos amanhã vão para a escola”, pelo que os avisos, alertas e indicações “cabe-nos a nós professores, a mim directora, aos coordenadores, mas também cabe às famílias, fazerem alguma força junto destes alunos para que isto não aconteça… há pouco passou outro grupo de igual maneira, e esse é o principal problema… não basta respeitar as regras na escola”, pois fora da escola os educadores perdem o alcance sobre os alunos, mas ainda assim a professora refere que “nós não vamos parar, vamos tentar sensibilizá-los, para aquilo que é o comportamento adequado nesta situação que vivemos e que não é normal, mas nós sabemos que eles (alunos) gostam sempre de “pisar o risco”, e tentaremos minimizar as coisas, mas a escola é um lugar seguro, agora tem que haver consciência de todos…. Claro que o papel dos professores vai ser “bater, bater na mesma tecla””, concluiu.

Sobre a chegada de todo o material de protecção e higienização, a Directora refere que tudo chegou a tempo, “fizemos a contratação, tivemos um reforço de verba por parte do Ministério da Educação e todas as escolas têm todos os equipamentos e materiais necessários.”