Direito de Resposta

6 Março 2025, 7:30 Não Por Redacção

Direito de Resposta – Esclarecimento sobre o que o Diretor do Agrupamento de Escolas Ginestal Machado NÃO disse sobre incentivar pais a não apresentar queixas à PSP por furtos na escola

Após ter sido contactado pelo senhor André Azevedo para me pronunciar sobre algumas questões que colocou, tive conhecimento recentemente de um texto publicado pelo mesmo, num jornal online da região.

Os esclarecimentos não podem ser facultados à velocidade da utilização dos telemóveis ou das redes sociais, mas sim, coadunadas com o tempo necessário para a procura objetiva e verdadeira da informação e confirmação dos factos.

Nesse âmbito não se poderão comentar eventuais mensagens de whatsapp, nem assuntos, tratados numa eventual reunião (sem se mencionar que reunião, quando, com quem), porque não se comentam informações, que se desconhecem.

No que diz respeito a afirmações supostamente produzidas pelo Comando da PSP de Santarém, por razões de ética institucional e respeito profissional, não se comentam.

No que diz respeito à afirmação “vários episódios de furto no interior da escola”, os furtos são uma exceção ao normal funcionamento da escola que tem quase 700 alunos e não se podem comentar casos particulares, por risco de identificação de menores.

O texto publicado refere-se a crianças entre os 9 e os 13 anos que parece estarem de uma forma global a ser acusadas de furtarem, serem violentas e abandonarem a escola. Não corresponde à realidade da comunidade. Os eventuais casos de furto, violência ou abandono escolar, são visível e claramente uma exceção.

Quanto à alusão das afirmações produzidas pelo Diretor, como registado, naturalmente que terá o autor do texto suporte comprovativo, assim como do que foi tratado numa pretensa reunião.

Isto, porque é o oposto do que é a minha prática como Diretor, como professor e como cidadão, desde sempre, com a partilha dessas mesmas práticas, com centenas de funcionários não docentes milhares de professores largos milhares de alunos e famílias.

Sempre defendi, que perante qualquer problema ou constrangimento, que envolva qualquer aluno/criança (seja furto, violência, abandono, comportamento incorreto), deverá sempre prevalecer em primeiro lugar o diálogo, com colaboração, compreensão e confiança nos alunos e respetivas famílias. 

Pelo que o que poderá ter sido dito, é que antes de qualquer contacto com outras entidades exteriores ao ambiente escolar (PSP, GNR, CPCJ, Segurança Social, Tribunais, Autoridade Tributária), possam os envolvidos, com mediação da escola, tentar resolver os seus problemas, dúvidas e dessa forma se procurem as soluções mais adequadas aos jovens e às famílias.

Apenas após esse processo e depois do conhecimento da família, devem ser os assuntos graves encaminhados para outras instituições, parceiras ou de apoio ao trabalho realizado pela escola, repito, apoio ao trabalho realizado pela escola, com os alunos e família. Entregar alunos/crianças destas idades a outras entidades, sem conhecimento prévio da família seria incompreensível.

Esta foi/é/será a realidade, que sempre assumi e assumirei enquanto desempenhar estas funções, como professor e como cidadão e nada têm que ver com as afirmações produzidas.

Deverá observar-se um maior cuidado com afirmações, que têm de ser fundamentadas e comprovadas, não se devendo produzir juízos de valor extemporâneos e descontextualizados, que podem manchar o trabalho de muitos anos e denegrir toda uma comunidade (alunos, não docentes, docentes, famílias, parceiros), que todos os dias trabalha por um futuro mais promissor dos nossos jovens, que merecem todo o nosso apoio, confiança e ajuda.

António Pina Braz

Diretor


Nota da Redação:

Exmo. Diretor António Pina Braz,

relativamente ao exercício do Direito de Resposta, que nem necessitava de evocar, uma vez que são os seus esclarecimentos, cumpre-nos agora clarificar algumas questões, nomeadamente: 1) foram efetuados dois contactos, um telefónico e outro via e-mail, que após cerca de 48 horas não obteve qualquer resposta; 2) a informação em questão foi-nos veiculada por diversas fontes; 3) confirma-nos o Sr. Diretor duas questões fundamentais, a existência de alguns casos, que também não foi referido na notícia como sendo prática diária no estabelecimento escolar e que realmente ocorreu a “solicitação” aos encarregados de educação.

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