GNR inicia operação para garantir segurança da Floresta em 2025

A Guarda Nacional Republicana (GNR) deu início à Campanha Floresta Segura, que decorrerá entre 1 de fevereiro e 30 de novembro de 2025, com o objetivo de prevenir e combater incêndios rurais. A campanha inclui diversas ações de sensibilização, monitorização, fiscalização, vigilância, deteção e investigação de causas e crimes relacionados com incêndios florestais, bem como a validação de áreas ardidas. O propósito é garantir a segurança das populações, a proteção dos seus bens e a preservação do património florestal.

Entre as principais iniciativas da campanha, destaca-se a promoção de ações de sensibilização em articulação com entidades como a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). Estas ações serão especialmente direcionadas para os concelhos onde se registaram mais de 100 ignições nos últimos anos.

A GNR irá também reforçar a monitorização e fiscalização em todo o território nacional, com especial enfoque nas freguesias prioritárias. A identificação e georreferenciação de situações críticas relacionadas com a gestão de combustível serão fundamentais para a eficácia da campanha. Além disso, será promovida uma investigação célere e aprofundada das causas dos incêndios rurais, permitindo um melhor entendimento das dinâmicas regionais que potenciam a ignição e propagação do fogo.

A gravidade dos incêndios de 2017 e o seu impacto devastador foram determinantes para a implementação de novas estratégias de Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI). Atualmente, a floresta portuguesa é composta maioritariamente por montados de sobreiros e azinheiras (36%), pinheiros (30%) e eucaliptais (26%), além de outras espécies florestais menos representativas. O papel da GNR é essencial na vigilância, deteção e resposta a incêndios, incluindo o apoio ao ataque inicial e ampliado, ações de fogo controlado e apuramento de danos em áreas ardidas.

A complexidade dos incêndios rurais é agravada por fatores como a geografia e o clima do país, o despovoamento do interior, o envelhecimento da população rural, alterações na exploração da floresta, mudanças climáticas e a acumulação excessiva de combustível vegetal. Estas variáveis aumentam o risco de incêndios de grande intensidade e difícil combate.

No balanço da atividade da GNR em 2024, foram monitorizados e fiscalizados 10 256 locais com ausência de gestão de combustível, resultando em 6 127 ações voluntárias de limpeza de terrenos previamente sinalizados. Além disso, registou-se uma redução significativa no número de ocorrências em comparação com o ano anterior, com menos 1 291 incêndios, o que representa uma diminuição de 17%.

Com a Campanha Floresta Segura 2025, a GNR pretende reforçar estas ações preventivas e repressivas, promovendo uma maior resiliência do território face aos incêndios e garantindo a segurança das populações e a sustentabilidade do património florestal nacional.