Trabalhadores de IPSS de Casével acusam Direção de “assédio moral e psicológico”

Trabalhadores do Centro Social de Apoio à Comunidade de Casével, em Santarém, protestaram esta terça-feira, 21 de janeiro, contra a “falta de respeito” da presidente da instituição e poderão avançar para a greve, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.

“O que motivou este protesto espontâneo foi a denúncia por parte dos trabalhadores da falta de respeito da presidente da instituição para com eles, podemos mesmo considerar assédio moral e psicológico. Os trabalhadores estão a entrar todos em baixa médica com problemas psicológicos porque já não aguentam mais”, disse à Lusa Teresa Faria, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.

Segundo a sindicalista, apenas seis trabalhadores estão a assegurar os serviços desta Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) e a acompanhar os 20 utentes do centro de dia e os 24 utentes do apoio domiciliário.

Ainda de acordo com Teresa Faria, a instituição não tem cozinheira e o apoio domiciliário é prestado apenas por uma funcionária, o que “não é permitido”.

“As trabalhadoras já pediram uma reunião com o presidente da junta para dar um grito de socorro porque já não aguentam mais”, salientou.

Teresa Faria revelou ainda que “o protesto espontâneo” começou por volta das 13:30 e foi convocado após algumas altercações entre os trabalhadores e membros da direção na hora de almoço.

A dirigente sindical adiantou também que os trabalhadores vão pedir uma reunião com a Segurança Social e poderão avançar para a greve.

“Queremos uma reunião com a Segurança Social para apresentarmos todas as provas que temos e depois iremos, certamente, fazer uma greve na instituição, se os trabalhadores assim o quiserem”, disse.

A agência Lusa tentou contactar a administração da IPSS, mas sem sucesso.