5G: Mais de 5.840 estações instaladas em 98% dos concelhos do país

6 Fevereiro 2023, 12:34 Não Por Lusa

O número de estações base 5G instaladas em Portugal aumentou 35% no quarto trimestre, sendo que o número ascendia a 5.842, distribuídas por 302 concelhos (98% do total) e 1.526 freguesias (49%), divulgou hoje a Anacom.

No final de dezembro passado, de acordo com informação reportada à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), “o número de estações de base instaladas no território nacional com tecnologia 5G ascendia a 5.842 estações, distribuídas por 302 concelhos (98% dos concelhos no país) e por 1.526 freguesias (49% das freguesias no país)”, adianta o regulador.

Comparando a evolução do terceiro para o quarto trimeste, constata-se que “o número de estações de base 5G [quinta geração] instaladas teve um acréscimo de 35%”, e que “o número de concelhos em que existem estações 5G cresceu 10%”.

De acordo com os dados, o número de freguesias com estações 5G aumentou em 28%, dos quais nas freguesias de baixa densidade (mais 41%) e nas Regiões Autónomas (mais 55%).

“A NOS mantém-se como o operador que instalou mais estações de base, sendo seguida pela Vodafone e pela Meo [Altice Portugal]”, lê-se no comunicado da Anacom sobre o ponto de situação da instalação das estações base 5G.

No que diz respeito “à variação do número de estações instaladas face ao trimestre anterior, a NOS cresceu 51% e, no caso da Vodafone e da Meo, o crescimento situou-se em 12% e 43%, respetivamente”.

A área total das freguesias onde não existem estações 5G “representa 46,6% do território nacional e, de acordo com o Censos 2021, corresponde a cerca de 15% da população nacional”.

A Anacom salienta que, tomando como referência o sistema hierárquico de divisão do território em regiões NUTS III, “verifica-se que para as unidades administrativas Douro, Beiras e Serra da Estrela, Beira Baixa, Médio Tejo, Alto Alentejo, Alentejo Central, Alentejo Litoral e Baixo Alentejo, o número de estações de base 5G é significativamente menor do que aquele que existe nas restantes regiões do país”.

Ou seja, “verifica-se que uma expressiva maioria das estações 5G (67% do total, correspondendo a 3.920 estações) localiza-se em áreas predominantemente urbanas” e cerca de 14% (811 estações) “estão instaladas em áreas mediamente urbanas e 19% (1.111 estações) em áreas predominantemente rurais”.

Denota-se ainda que “a grande maioria das estações 5G (4.039 estações) se encontra instalada em freguesias que não são de baixa densidade, sendo que cerca de 68% dessas freguesias já dispõe pelo menos uma estação 5G” e que “24% do total de estações (1.373 estações) estão instaladas em freguesias de baixa densidade”.

Do total de freguesias de baixa densidade (1.813), “a proporção daquelas que dispõe de estações 5G é de 36% (658 freguesias), sendo que 1.155 freguesias (64% do total) ainda não dispõem de estações 5G”, de acordo com o regulador.

No que respeita as freguesias das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, “a proporção daquelas que dispõem de estações 5G é de 67% (141 freguesias), existindo 69 freguesias sem qualquer estação 5G instalada”.

Apesar desta evolução, “se considerarmos o número total de estações existentes (2G, 3G, 4G e 5G), observamos que a NOS é o operador com menor número de estações, num total de 14.590 estações (32% do total), sendo o primeiro lugar ocupado pela Vodafone com 16.652 estações (36%) e o segundo lugar pela Meo com 14.801 estações (32%)”.

Muitas das estações de 2G, 3G, 4G e 5G de cada operador “estão localizadas num mesmo local, pelo que importa analisar o número total de locais em que cada operador possui estações”, sendo que a Vodafone tem estações em 5.802 locais, a Meo (Altice Portugal) em 4.967 locais e a NOS em 4.237 locais.

“Por fim, releva-se ainda que, no final de dezembro, existiam em Portugal 1,5 milhões de acessos à Internet móvel 5G, o que perfaz 15,4% dos acessos totais à internet móvel”, sendo que “o tráfego mensal gerado atingiu 6.133 TB, o que significa que 7,7% do total de tráfego móvel já é suportado em redes 5G”, conclui.

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